5 motivos pelos quais as imersões de inovação da CNI e do IEL bombaram em 2018

Depois de ler essa matéria, você não vai querer perder o que vem por aí em 2019

As fronteiras do mapa mundi da inovação são redesenhadas de tempos em tempos. Mudam no passo em que novos lugares se tornam protagonistas, para não dizer promotores, de grandes transformações sociais, tecnológicas, econômicas. É sempre interessante conhecer os bastidores de uma história de sucesso e aprender com ela. O que fez de um vale o Vale do Silício? Como Israel se tornou um gigante da tecnologia? Onde estão os centros de inovação de ponta no Brasil?

Essas são algumas das perguntas que o Programa de Imersões em Ecossistemas de Inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) tem buscado responder ao longo das 14 edições realizadas nos últimos três anos. Só em 2018, foram 8 imersões a diferentes ecossistemas pelo Brasil e no exterior, envolvendo 220 representantes de empresas, governo, centros de ensino e pesquisa.

Vem com a gente relembrar os pontos altos das imersões de inovação desse ano!

1. Mostramos que o Brasil também faz inovação de ponta 

Película de captação solar da Sunew é maleável e se adapta a qualquer forma, como essa árvore

Sabia que fica na Bahia um dos maiores centros de pesquisa aplicada da América Latina? O SENAI Cimatec reúne três Institutos SENAI de Inovação (Automação da Produção, Logística, Unição e Conformação de Materiais) e lá ficam 4 dos maiores supercomputadores da América Latina. Um deles, o Yemoja - Iemanjá em iorubá - é o responsável por fazer cálculos matemáticos complexos para a exploração do pré-sal. A imersão também apresentou produtos brasileiros incríveis, como os da Sunew, baseada em Belo Horizonte (MG). A empresa desenvolveu uma película capaz de captar energia solar. O material tem mil e uma aplicações: tanto uma fachada de prédio quanto uma mochila podem virar paineis solares.

2. O Velho Continente tem muito apreço pelo novo

O CERN, na Suíça, é um dos laboratórios mais respeitados do mundo

É bem difícil deixar a Europa de fora quando o assunto é inovação e design. Na Alemanha e na Holanda, o foco da imersão foi ver de perto experiências em nano e biotecnologia. Já na Itália e na Suíça, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer iniciativas inovadoras variadas, desde o setor automotivo até design de moda. Então, as visitas começaram na Lamborghini e terminaram na Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern), que abriga o Large Hadron Collider (LHC), o maior acelerador de partículas do mundo, capaz de recriar as condições do Big Bang! 

3. Vimos que as startups brasileiras estão se multiplicando, e isso é muito bom 

SP concentra 41% das startups brasileiras

2018 foi um divisor de águas para o ecossistema brasileiro de startups. Mais olhos se voltaram para o potencial inovador das jovens empresas e São Paulo exibe um dos cenários mais vibrantes. O programa de imersões fez um giro por algumas das iniciativas da capital paulista, em dezembro de 2018, e viu como os elos da cadeia se encaixam para apoiar o desenvolvimento das startups, com mais integração entre universidade, fundos de apoio à pesquisa, incubadoras e aceleradoras privadas e grandes empresas.  Os 45 participantes desta edição conheceram, entre outros, o Cubo Itaú, o Ceitec, o Google Campus, a TOTVS iDexo e as linhas de apoio da Fapesp. 

4. Descobrimos que Israel tem inovação para dar e vender (e vende, viu) 

Tel Aviv é o principal centro de inovação e tecnologia de Israel

A imersão à Israel, realizada em setembro passado, mostrou a CEOs, autoridades e gestores  por que esse pequeno país, com território menor do que o estado de Sergipe, é um verdadeiro celeiro de tecnologia e inovação de ponta. Dono de um PIB superior a US$ 400 bilhões, Israel tem a maior concentração de startups do mundo (uma a cada 400 pessoas), que só em 2017 renderam negócios de US$ 23 bilhões. O pequeno país também esbanja  estratégia bem sucedida para atrair nada menos que 350 centros de pesquisa e desenvolvimento multinacionais.

5. Essa é a mistura do Brasil com o Silício  

Vale do Silício é uma referência mundial em inovações disruptivas

Muitas das tecnologias mais usadas no nosso dia a dia saíram do Vale do Silício, na Califórnia (EUA).  O centro de inovação mais famoso do mundo é a casa de grandes empresas, tipo Apple, Google, Netflix, Facebook e por ai vai. Em fevereiro de 2018, o programa de imersões voltou lá, desta vez com representantes de 10 startups brasileiras que venceram o Prêmio Tecnologias de Impacto, promovido pela Qualcomm. Os empresários apresentaram suas ideias - que envolvem inteligência artificial para substituir exame de sangue, agrotech e robôs para pessoas com deficiência visual - para investidores do Vale.

Perdeu essas? Não desanime. Em 2019, o calendário do Programa de Imersões a Ecossistemas de Inovação prevê novas rodadas para Brasil, Estados Unidos e Israel e edições inéditas de imersões para a China e o Japão. Fique atento para mais novidades em breve. 

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