Aprender a programar, ler algoritmos, se deparar com problemas e encontrar soluções. Tudo isso faz parte da rotina de quem lida com a robótica, área considerada essencial para a Indústria 4.0. Referência nacional, o Serviço Social da Indústria (SESI) vem preparando estudantes em todo o país para serem futuros profissionais capacitados para atuar em áreas estratégicas das indústrias.
“A robótica é um caminho importante e lúdico para desenvolver estudantes. Aquele aluno que se desenvolve na robótica está apto a entrar no universo da Indústria 4.0”, afirmou o diretor de Operações do SESI, Paulo Mól. “Essa é uma área fundamental para a formação profissional, por várias razões. A primeira delas é pelo desenvolvimento do raciocínio dos alunos em ciência e tecnologia”, acrescentou.
A robótica é um dos destaques da Olímpiada do Conhecimento 2018, realizada em Brasília. Além de um desafio que reúne 240 estudantes que operam robôs de Lego em missões que simulam tarefas de oito setores industriais, a evento é palco da seletiva da ocupação para o mundial de profissões técnicas, a WorldSkills, que ocorrerá em 2019, em Kazan, na Rússia.
Segundo Paulo Mól, o SESI tem investido maciçamente no treinamento e na capacitação de seus alunos por acreditar que a robótica proporciona um bom desenvolvimento na matemática e nas ciências e, consequentemente, prepara bons profissionais para o mercado de trabalho. “O torneio de robótica vai muito além da matemática e das ciências, uma vez que é um espaço para os alunos se organizarem em times e buscarem soluções para os problemas identificados. Isso envolve um trabalho enorme de gestão de tempo, de organização das ideias, de formação de equipes, de liderança, de apresentação dos resultados”, destacou o diretor do SESI.
De acordo com a gerente de Projetos Educacionais do SESI, Bárbara Trajano, a robótica impulsionará o surgimento de algumas profissões do futuro. Confira!
PROFISSIONAIS DO FUTURO – De olho no futuro na área de engenharia mecatrônica, Horivaldo França Júnior, de 16 anos, vê na robótica o caminho mais adequado para atingir o objetivo de trabalhar na indústria daqui a alguns anos. Aluno da Escola SESI de Itaquatiara-AM, ele integra a equipe “4 Legends”, que que participou de um dos seis dias do Desafio de Robótica da Indústria, na Olimpíada do Conhecimento.
“Além da bagagem na área de robótica, o evento nos proporciona uma grande oportunidade de vida. Pretendo trabalhar na área de mecatrônica, com cálculos e programação de robôs. O aprendizado com robôs e o desafio nos preparam para o dia a dia de trabalho na indústria, que é o meu objetivo em um futuro próximo”, detalhou o estudante amazonense.
De Itacoatiara (AM), Horivaldo França Jr. vê na robótica o melhor caminho para alcançar seu objetivo de se tornar engenheiro e trabalhar na indústria
Aluna do 1º ano da Escola SESI de Cuiabá, Fernanda Fernandes, de 15 anos, avalia que levará da robótica uma bagagem importante para a profissão que pretende exercer. “Pretendo me formar em engenharia mecânica. Montar e operar robôs é algo levarei para a minha futura profissão e para todo a vida. É um caminho para que eu possa trabalhar na indústria”, enfatizou a integrante da equipe Creators Brothers.
Para o professor de Física e de Robótica da Escola SESI de Mossoró-RN Leonardo Garcia, de 29 anos, os alunos que se interessam desde cedo por robôs terão uma grande vantagem para ingressar no mercado de trabalho, em especial em áreas que demandam afinidade com a tecnologia. “Começando cedo na robótica, esses alunos têm potencial para seguir carreiras em áreas como engenharia e computação, e saírem profissionais prontos para atuar em diferentes ramos da indústria”, pontuou Garcia, que é técnico da equipe Four Force.
Fernanda Fernandes (de óculos) quer se tornar engenheira mecênica e acredita que a robótica é uma experiência que levará para o resto da vida
MEDICINA – Estudante do SESI de Taguatinga-DF, Amanda Merlin Duarte, de 15 anos, considera que as noções de robótica serão fundamentais para seu futuro profissional. Ela integra a equipe Albatroid, que também participou do desafio durante a Olimpíada do Conhecimento. “Pretendo me formar em medicina, que tem tudo a ver com a robótica nas áreas de exames e cirurgias”, disse. “A OC coloca a gente em contato com pessoas de todo o Brasil, com novas tecnologias e com o que ocorre no dia a dia da indústria”, completou.
Colega de Amanda na equipe Albatroid, Guilherme Silva, de 15 anos, também pretende usar na medicina os conhecimentos com a montagem e operação de robôs. “A robótica certamente será importante para a profissão que pretendo exercer. Quero ser cardiologista. Essas habilidades, sem dúvida, facilitarão em técnicas para cirurgias no coração”, afirmou.
