A Confederação Nacional da Indústria (CNI) acompanha com atenção a revisão da meta fiscal, anunciada pelo governo nesta quarta-feira (22). A indústria entende que a atual situação recessiva da economia e a frustração da expectativa de arrecadação impuseram a redução da meta de superávit fiscal deste ano de 1,19% para 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB).
Alerta, no entanto, que isso não pode significar o abrandamento do compromisso com o ajuste fiscal de longo prazo, que deve ser obtido com a revisão das regras que estimulam o crescimento dos gastos públicos. Essa deve ser a agenda do país para o equilíbrio das contas públicas, observa a CNI. Os aumentos da carga tributária são resultado do crescimento contínuo dos gastos, sem preocupação com os limites de financiamento.
Na visão da indústria, o compromisso com o equilíbrio fiscal é a base para a reconquista da confiança dos agentes econômicos na economia brasileira, que levará à retomada dos investimentos e ao crescimento sustentado.