CNI considera adequada decisão do Ministério da Economia de revogar criação de comitê de súmulas do Carf

Órgão anunciou que fará consulta pública antes de recriar comitê, dessa vez com representantes dos contribuintes. CNI avalia que decisão faz restabelecer o equilíbrio do Cosat, que terá papel de uniformizar entendimentos tributários

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera adequada a decisão anunciada na segunda-feira (7) pelo Ministério da Economia de revogar a Portaria 531/2019. A norma, editada no último dia 2, criava o Comitê de Súmulas da Administração Tributária Federal (Cosat) sem prever a participação de representantes das empresas contribuintes. 

A CNI já havia se manifestado anteriormente contra a criação do comitê sem representantes dos contribuentes. O ministério informou que vai propor a edição de um novo normativo que será previamente submetido à consulta pública e que a nova minuta do Comitê de Súmulas preverá a participação de representantes dos contribuintes.

Para a CNI, é essencial que haja integrantes indicados pelos contribuintes para que haja composição paritária e isonomia na aprovação de súmulas do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Outro ponto importante é que o Cosat não seja formado apenas por ocupantes de cargos de confiança, passíveis de serem exonerados a qualquer momento. A portaria revogada previa que o Comitê fosse constituído por apenas três integrantes: o presidente do Carf, o secretário da Receita Federal e o procurador-geral da Fazenda Nacional.

“A CNI entende que a decisão de revogar a Portaria 531/2019 e de abrir consulta pública antes da edição de nova norma para criar o Cosat faz restabelecer o equilíbrio de um órgão tão importante, que terá o papel de uniformizar entendimentos do Carf”, afirma o superintendente Jurídico da CNI, Cassio Borges. “É fundamental que todos os interessados sejam ouvidos em audiência pública e que a nova composição do comitê tenha representantes dos contribuintes”, acrescenta.

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