Nos últimos quatro anos, projetos para redução de emissões de gases de efeito estufa e adaptação às mudanças climáticas receberam investimentos da ordem de US$ 400 bilhões em todo o mundo, conforme a Climate Policy Initiative. A Ásia foi o continente que mais usufruiu desses recursos, com captação de 39% do valor. A América Latina captou apenas 7% desses investimentos.
De acordo com análise feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 68% desses recursos foram destinados a projetos de energias renováveis; seguido de transportes sustentáveis, com 17% do volume de investimentos; e de eficiência energética, com 6% desse valor. Com intuito de apresentar linhas de financiamento para serem acessadas pelo setor industrial, a CNI lançou o guia Financiamento para a o clima: um guia para a indústria que apresenta 50 fundos disponíveis no mundo para apoiar projetos que contribuem com a redução dos impactos das mudanças climáticas.
Segundo a diretora de Relações Institucionais da CNI, Mônica Messenberg, a América Latina e, em especial o Brasil, tem condições de ampliar a captação desses recursos. No entanto, a indústria precisa conhecer melhor o acesso aos fundos internacionais. Além disso, ela acrescenta, ferramentas como o Mecanismo de Desenvolvimento Sustentável, estabelecida no Acordo de Paris, podem ajudar a alavancar esses investimentos e trazê-los para o Brasil. “Por isso, sua regulamentação em bases sólidas e competitivas para o setor privado é importante”, comenta Mônica.