Destravar ganhos relevantes, otimizar processos e, principalmente, viabilizar uma redução consistente no custo de produção. Essas são as expectativas da fabricante de alumínio Alcoa com a adesão ao Programa Aliança, como resume Rodrigo Giannotti, diretor de Operações da unidade da empresa em Poços de Caldas (MG).
Fundada na Pensilvânia (EUA), a Alcoa atua em toda a cadeia do alumínio e mantém três plantas no Brasil — uma delas, a de Poços de Caldas, passou a integrar, em junho, a iniciativa que oferece apoio técnico especializado para elevar a eficiência energética da indústria.
A indústria é a 12ª a aderir à iniciativa, resultado de uma parceria entre a CNI, a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar) e o Ministério de Minas e Energia (MME), e que conta com o aporte de recursos do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL).
Segundo Giannotti, o Programa Aliança representa uma oportunidade de transformação ao conectar a indústria com novas tecnologias e práticas. “Além disso, temos a possibilidade de fazer benchmarking, usar fomentos disponíveis para a indústria e estabelecer conexões com as melhores práticas que o time Aliança pode fornecer”, complementa.
As primeiras oportunidades mapeadas pela equipe técnica do programa incluem melhorias nas áreas de Meio Ambiente, Utilidades e Processo. As frentes são ponto de partida para uma transformação mais ampla para a Alcoa, baseada na adoção de tecnologias avançadas para enfrentar desafios industriais, especialmente no setor de energia.
Segundo Giannotti, o uso de inteligência artificial e modelagem está no centro dessa estratégia. “O objetivo é fornecer melhores cenários produtivos e energéticos a partir de dados históricos, otimizando, assim, decisões estratégicas e futuras”, afirma.
Lançado em 2022, a segunda edição do Programa Aliança oferece apoio técnico especializado para elevar a eficiência energética nas plantas industriais, propondo melhorias que reduzam o consumo de energia, aumentem a competitividade e contribuam para a agenda climática.
Aliança traz soluções práticas e sustentáveis para a indústria
A adesão crescente ao programa reflete o engajamento da indústria em soluções práticas e sustentáveis. “A eficiência energética não é apenas uma meta ambiental, mas também uma oportunidade de ganho de competitividade para a indústria brasileira”, afirma Davi Bomtempo, superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI.
Além da Alcoa, outras duas empresas assinaram acordos de adesão em junho: a Transpetro, do setor de logística de combustíveis, que iniciará o atendimento na quarta-feira (9/7), e a unidade de João Monlevade (MG) da ArcelorMittal Brasil S.A que deve começar a prestar atendimento técnico nos próximos meses.
Meta: 210 GWh de energia economizados
A metodologia do Programa Aliança 2.0 estabelece uma fase de diagnóstico e uma fase de acompanhamento da implementação das melhorias identificadas. O prazo de suporte técnico oferecido pelo programa é de 24 meses. A iniciativa é viabilizada por meio de recursos do Procel Indústria, com um um total de R$ 10 milhões, e por meio de contrapartida da empresa selecionada.



