Em meio ao período de pandemia, em que o governo brasileiro vem tomando medidas para tentar diminuir a transmissão do coronavírus, tem muita gente se mobilizando para tentar ajudar.
Uma das preocupações é com a capacidade da rede pública de hospitais. Os casos mais graves da covid-19, algumas vezes, chegam a exigir internação em UTI, com uso de equipamentos de ventilação mecânica. E muitos hospitais podem não ter condições de atender todos os casos.
Pensando nisso, um grupo de empresários do Ceará resolveu se unir. O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Ricardo Cavalcante, conversou com o secretário de saúde do estado, Carlos Alberto Martins Rodrigues Sobrinho, para saber quais são as maiores necessidades dos hospitais públicos neste momento para o enfrentamento da doença. O secretário destacou a importância de ter mais aparelhos de ventilação mecânica, máscaras e luvas para serem usadas nos hospitais públicos do Ceará.
Ao saber disso, Cavalcante conversou com empresários, de vários setores, e propôs que eles se unissem para ajudar a saúde pública. "Numa hora dessas, temos que nos preocupar com as pessoas. O momento é muito delicado. E entender a função do sistema FIEC, das indústrias e da Fecomércio, que está com a gente nesta iniciativa, é muito importante para a sociedade”, diz Cavalcante. A maioria das doações foi feita por empresários mas qualquer pessoa pode contribuir. “O povo cearense, os industriais do Ceará sempre foram muito solidários. Eu não ouvi nenhum não para quem pedi", conta o presidente da FIEC. O SESI/CE doou R$1 milhão.
A campanha começou na quinta-feira (19) e em um dia, arrecadou R$5 milhões, o que já garantiu a compra de 15 equipamentos de ventilação mecânica.
A secretaria de saúde do Ceará será responsável por decidir para quais hospitais irão os aparelhos e materiais.
A iniciativa no Ceará foi inspirada na de empresários pernambucanos, que também se uniram para ajudar a melhorar a capacidade de atendimento de hospitais públicos do estado. " Nos unir para ajudar, faz com que a gente se aproxime do problema. Estamos todos no mesmo barco", diz o presidente da FIEC.
O Ceará tem 14.500 indústrias de pequeno, médio e grande porte, que geram 300 mil empregos.
E ainda vem mais trabalho pela frente. Ricardo Cavalcante adianta que algumas indústrias vão passar a produzir álcool gel e outras devem começar a produzir máscaras, para atender, principalmente a demanda da área de saúde do estado.
A Indústria contra o coronavírus: pela saúde de todos, pelo futuro da indústria
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