Oficina de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas destaca estratégias para a valorização de produtos da Amazônia

O evento de Propriedade Intelectual promovido pela CNI, INPI e Sebrae, aconteceu na Universidade do Estado do Amazonas

Saber usar estrategicamente Indicações Geográficas e Marcas Coletivas – elementos da Propriedade Intelectual – para agregar valor a produtos variados e garantir acesso a novos mercados é um desafio. Por isso, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) promoveram uma Oficina sobre o tema na Universidade do Estado do Amazonas, em Manaus, nos dias 26 e 27. A iniciativa também teve o apoio da Universidade, da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) e do Fórum Amazonense de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas.

Maria Cláudia Nunes Pinheiro, da CNI, e Milene Dantas Cavalcante, do INPI, estavam entre as participantes do evento

As palestras da Oficina de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas abordaram o potencial econômico da região e apresentaram os produtos mais conhecidos do Norte, como o açaí, o cupuaçu e o guaraná. Para Adrianne Antony, diretora técnica do Sebrae Amazonas, a proteção dos produtos da Amazônia resguarda a história e a ancestralidade dos povos da região. “Com o fortalecimento das parcerias institucionais e a criação do Fórum Amazonense de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas estamos conseguindo atuar diretamente nos arranjos produtivos da Farinha de Uarini, Guaraná de Maués, Peixes Ornamentais do Rio Negro, Abacaxi da Região de Novo Remanso e Pirarucu Manejado de Mamirauá”, exemplificou.

Em sua participação, a CNI mostrou a atuação em Indicações Geográficas com o lançamento do Especial O Brasil que a Gente Produz, no fim do ano passado. Para Maria Cláudia Nunes Pinheiro, analista de Políticas e Indústria da Gerência Executiva de Política Industrial da CNI, levar a Oficina para Manaus é uma ação estratégica e imprescindível. “É a primeira vez que a Oficina sai do estado do Rio de Janeiro e isso pode se tornar um movimento importante para o fomento da cultura associativista tão presente nos conceitos dos temas tratados no evento”, comemorou.

 

Os participantes da Oficina aprenderam conceitos sobre Propriedade Intelectual e conheceram mais sobre produtos da Amazônia

A chefe do Escritório de Difusão Regional Centro-Oeste/Norte do INPI, Milene Dantas Cavalcante, apresentou as formas de proteção da Propriedade Intelectual e destacou ações estratégicas para os negócios. “O momento é muito propício para se falar de indicações geográficas e marcas coletivas, em especial, no Amazonas. O consumidor busca cada vez mais produtos autênticos, éticos e sustentáveis”, explicou.

MAIS UMA IG – No mesmo local, antes do início do segundo dia da Oficina de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas, o INPI entregou o certificado de “Uarini” como Indicação Geográfica para o produto farinha de mandioca, na modalidade de Indicação de Procedência. É a terceira Indicação Geográfica concedida ao estado do Amazonas e a 65ª nacional.

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