Exportação de industrializados cresce 33% e alcança receita de US$ 1 bilhão

Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, abril de 2013 registra o 3º melhor resultado já alcançado em toda a série histórica da exportação de industrializados de Mato Grosso do Sul

As exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul apresentaram crescimento de 33% no período de janeiro a abril deste na comparação com o mesmo período do ano passado e alcançaram a receita de US$ 1,05 bilhão, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O crescimento é creditado aos grupos "Couros e Peles", com elevação de 83%, "Papel e Celulose", com alta de 79,9%, "Extrativo Mineral", com aumento de 46,1%, "Cimentos", com crescimento de 34,8%, "Açúcar e Álcool", com avanço de 27,6%, e "Complexo Carne", com salto de 20,3%.

Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, com uma receita equivalente a US$ 305,7 milhões, abril de 2013 registra o 3º melhor resultado já alcançado em toda a série histórica da exportação de industrializados de Mato Grosso do Sul, ficando atrás somente dos meses de setembro de 2011 e outubro de 2012 com US$ 366 e US$ 330,9 milhões, respectivamente. "Quando comparado com os resultados de igual mês, ao longo da série, vale ressaltar que de janeiro de 2009 até agora foram registradas 38 quebras de recorde nas receitas de exportação. Além disso, mantido esse crescimento, devemos fechar 2013 com montante de US$ 3,1 bilhões, um valor superior registrado nos últimos dois anos pelo setor", estimou.

Com relação ao volume, em abril, a exportação de industrializados alcançou o equivalente a 865,1 mil de toneladas, crescimento de 39% sobre o volume de igual mês do ano anterior, quando as vendas externas somaram 622,3 mil toneladas. Já no acumulado do ano, o volume total alcança 2,48 milhões de toneladas, indicando um crescimento de 32,9% em relação à igual período de 2012, quando foi vendido ao exterior o equivalente a 1,87 milhão de toneladas de produtos industrializados. Quanto à participação sobre tudo o que foi exportado por Mato Grosso do Sul no acumulado do ano, o setor industrial já responde por 62,2%.

Grupos

Ainda conforme o Radar Industrial da Fiems, o desempenho observado teve como destaques as evoluções ocorridas, principalmente, graças aos grupos "Couros e Peles", "Papel e Celulose", "Extrativo Mineral", "Cimentos", "Açúcar e Álcool" e "Complexo Carne". No caso do grupo "Papel e Celulose", como indicado nos levantamentos anteriores, no caso do primeiro grupo, a expansão decorre do início da atividade de uma nova planta de celulose em Mato Grosso do Sul, que dobrou a capacidade nominal de produção do estado, permitindo que novos clientes fossem atendidos e, principalmente, que os tradicionais compradores da celulose sul-mato-grossense pudessem ampliar ainda mais os volumes de suas aquisições.

Na primeira condição, observou-se que em relação a igual período do ano passado, são 19 novos destinos para os produtos do grupo, embalagens de papel ou papelão e demais artefatos de papel, proporcionando uma receita adicional equivalente a US$ 15,8 milhões. Em relação à segunda condição, países como a China, Holanda, Itália e Coréia do Sul aumentaram suas compras em US$ 70,2, US$ 30,3, US$ 22,3 e US$ 10,2 milhões, respectivamente.

Já no grupo "Extrativo Mineral" a elevação observada se deu em função dos aumentos ocorridos no volume embarcado e preço médio da tonelada do minério de ferro. Em relação ao volume, o total vendido ao exterior no período de janeiro a abril de 2013 alcançou 1,17 milhão de toneladas, resultado 18% maior que o obtido em igual intervalo de 2012. Já o preço médio da tonelada, na mesma comparação, apresentou variação de 20%, saindo de US$ 79,2 para US$ 95,1. Proporcionando, deste modo, uma receita adicional equivalente a US$ 33,0 milhões. Adicionalmente, o fraco desempenho no ano anterior foi, em boa medida, influenciado justamente pelas dificuldades encontradas no escoamento do minério pela hidrovia do Rio Paraguai. Condição que, a princípio, parece não se repetir neste início de ano.

Quanto ao grupo "Complexo Carne" a expansão foi proporcionada pelo aumento das receitas obtidas com as carnes desossadas e congeladas de bovinos, pedaços e miudezas comestíveis congelados de frango, carne congelada de frango não cortada em pedaços, carnes desossadas frescas ou refrigeradas de bovinos, bexigas e estômagos de animais, exceto peixes e outras miudezas comestíveis congeladas de bovinos que, somados, apresentaram um crescimento de US$ 56,1 milhões. Os países que mais contribuíram para o desempenho observado foram Hong Kong, Venezuela, Japão e Chile que, somados, geraram uma receita adicional equivalente a US$ 53,9 milhões.

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