CNI e BNDES dizem que crise não inibe inovação

Segundo o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, os investimentos em inovação financiados pela instituição e pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) este ano deverão aumentar em torno de 40% em relação a 2011

São Paulo - Apesar da crise internacional e das turbulências que provoca na economia doméstica, as empresas brasileiras vão continuar a investir em inovação. A afirmação foi feita nesta sexta-feira, 25 de maio, pelos presidentes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, após reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI)  no escritório da CNI em São Paulo. 

Luciano Coutinho adiantou que os investimentos em inovação financiados pelo BNDES e pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) este ano deverão aumentar em torno de 40% em relação a 2011. "O crescimento dos desembolsos para inovação, que saltaram de R$ 2,4 bilhões em 2010 para R$ 3,5 bilhões em 2011, devem ir para perto de R$ 5 bilhões em 2012. Os planos de investimento em inovação estão em ascensão, porque voltou a confiança do investidor", assinalou o presidente do BNDES, um dos integrantes da MEI, movimento coordenado pela CNI que estimula a inovação nas empresas. 

Os dois argumentaram que, apesar das dificuldades já presentes em alguns setores e que se avizinham em outros, os investimentos em inovação de processos, em inovação tecnológica e em gestão da inovação farão com que as empresas economizem recursos e ajudarão a manter ou a aumentar a participação em seus mercados. "O empresário sabe que a sobrevivência está ligada ao investimento em inovação e em produtividade", enfatizou Robson Braga de Andrade. 

Segundo o presidente da CNI, normalmente quando há uma crise os empresários olham para dentro da indústria para ver onde pode reduzir custo, o que pode segurar de gasto ou investimento, mas por outro lado sabe que precisa avançar, vender mais, mesmo que com margem de lucro menor. 

"Essas duas coisas fazem o equilíbrio do empresariado. Hoje, vemos que há espaço nas empresas privadas tanto para reduzir custos por meio da inovação quanto pelo aumento da produtividade, que diz respeito à melhor qualificação da mão de obra, a desenvolvimento de tecnologia, a gestão de processos. O empresário está atento a isso e esta é a razão que me leva a acreditar que dá para investir em inovação mesmo em época de crise", concluiu Andrade.

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