A questão energética foi o assunto principal da reunião mensal da Diretoria da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea) realizada na última quinta-feira, dia 26, na Casa da Indústria Napoleão Barbosa. Os convidados pelo presidente da Fiea, industrial José Carlos Lyra de Andrade, para falar sobre o tema foram o diretor-presidente da Algás, Geoberto Espírito Santo e o consultor da Federação das Indústrias na área energética, Danúbio Lacerda.
Durante os debates, Lyra destacou a importância da eficiência na gestão dos recursos energéticos para a competitividade industrial. “Uma indústria que administra bem o uso de energia pode ter redução de até 40% na conta, o que diminui muito os custos e aumenta a competitividade”, enfatizou o presidente da Fiea.
Para Geoberto Espírito Santo, que ministrou a palestra “Gás Natural como Vetor de Desenvolvimento Industrial”, o governo brasileiro deve garantir a oferta e definir uma política de preços em relação ao produto se quiser aproveitar melhor uma matriz energética mais limpa, com impacto ambiental reduzido e sem custos de armazenamento. Segundo ele, o Brasil possui potencial de produzir 7 trilhões de m3 de gás até 2020, muito acima dos 395 bilhões de m3 atuais.
Logo depois, Danúbio Lacerda falou sobre o tema “Plano Brasil Maior x Medidas Compensatórias”. O especialista fez uma análise do pacote de medidas anunciado pelo governo para estimular alguns setores da economia. Na opinião dele, os incentivos, que exigem como contrapartida dos segmentos beneficiados a melhoria da eficiência energética, deveriam ser estendidos a toda indústria, “independentemente do setor”.
