Em moda, tudo se cria e, claro, tudo se transforma. Nesta edição daOlimpíada do Conhecimento 2016, os estudantes de tecnologia em moda terão de provar que são capazes de aplicar suas habilidades para desenvolver peças multifuncionais, coleções completas para uma família e também para bichos de estimação. Todas fabricadas com roupas usadas – o que os estilistas convencionaram chamar de upcycling. Disputam as provas estudantes do SENAI do Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro. Os institutos federais estão representados por Santa Catarina.
No primeiro dia dos desafios coletivo, cada time apresentou duas coleções diferentes, pensadas para famílias. E as seis equipes o fizeram em grande estilo: em dois momentos do dia, modelos vivos posaram para o público em vitrines montadas próximo às estações de trabalho das equipes.
A montagem da vitrine, aliás, foi um dos principais desafios para a equipe pernambucana do SENAI Santa Cruz do Capibaribe. “Somos do interior, não temos tanto a cultura do vitrinismo. Foi um desafio a mais, mas estamos aprendendo enquanto fazemos”, explicou Morgana Leopoldino, professora e treinadora dos estudantes. Eles apostaram em tecidos com elastano e resistentes para fabricar as peças. O time usaram sobras de ripstop, material usado para fabricar roupas para surfistas, que rasgam menos e secam mais rápido.
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INCLUSÃO – A moda também tem um papel social. Oferecer produtos adaptados às necessidades de pessoas com deficiência inspirou a equipe do Mato Grosso do Sul a criar coleções que incluem peças pensadas para elas. “Pode ser desconfortável para uma mulher cadeirante usar um vestido com a parte de trás longa. A equipe propôs um vestido assimétrico, com a frente mais comprida. A cada dia, eles vão mostrar uma roupa para uma pessoa com deficiência diferente”, explicou Gabriel de Jesus, integrante da delegação do estado.
DESAFIO INDIVIDUAL - O primeiro desafio individual de Moda colocou à prova a capacidade dos futuros estilistas de customizar uma peça de roupa com muita criatividade e pouco tempo. Escolhida pelo público, a representante do SENAI CETIQT, no Rio de Janeiro, Flávia Tampelli, ficou em primeiro lugar, com 32,5% dos votos. “Estou feliz e honrada de ter vencido. É muito gratificante”, disse a vencedora, de 19 anos.
Os seis competidores representaram os estados do Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Eles tiveram uma hora para transformar um blazer simples em uma peça customizada e única, inspirada na natureza.
Os estudantes tinham à disposição máquinas de costura, adereços, adesivos e tecido para personalizar as peças. Flávia usou correntes, botões e contas de madeira. “Quis mostrar que estamos nos desacorrentando de todo o estresse e correria e nos apegando mais à simplicidade e simetria da natureza”, explicou.