O 3° Seminário Internacional SESI de Educação promovido pelo Serviço Social da Indústria (SESI) em parceria com a Fundação Roberto Marinho e o Canal Futura abordará a temática “Novo Ensino Médio – engajamento, formação e avaliação”. O evento será realizado entre os dias 26 a 28 de outubro, das 17h às 19h, com mediação da jornalista Renata Cafardo e transmissão ao vivo pelo canal do SESI no YouTube.
Ao longo dos três dias, o seminário será organizado por painéis temáticos, com duração de duas horas cada, sendo 1h30 para a apresentação do painel, que contará com três participantes, e 30 minutos reservados para um bate-papo com jovens estudantes, o qual se transformará em um podcast intitulado “Qual Vai Ser? – Novo Ensino Médio”.
Os temas que irão nortear as discussões do evento são: Juventudes e o Novo Ensino Médio: responsabilidades para uma mudança efetiva; Formação de educadores: o futuro agora; e Os desafios da avaliação educacional e o Novo Ensino Médio.
Entre os convidados estão secretários de educação; a Presidente do Conselho Nacional de Educação, Maria Helena Guimarães; o educador Mozart Neves Ramos, da Universidade de São Paulo (USP); o coordenador de Ensino Médio do Movimento pela Base, Carlos Lordelo. Além de nomes internacionais, como a secretária de Educação de Helsinki/Finlândia, Marjo Kyllonen; e o chefe Executivo da Autoridade Australiana de Currículo, Avaliação e Relatório, David de Castro.
Perspectivas para os estudantes e mudanças no ensino e na aprendizagem
A partir do ano que vem, todas as redes de ensino deverão começar a implementar o Novo Ensino Médio. O SESI, que possui 526 escolas em todo o país, começou a adaptação em 2018, tendo formado a primeira turma no Brasil em dezembro de 2020. Ao passar por essa experiência de forma pioneira, a rede pretende fomentar o debate público sobre as mudanças e servir de modelo para as demais instituições.
“Para passar por essa transformação, precisamos trabalhar três pilares fundamentais: o envolvimento de toda a comunidade escolar; a formação dos docentes, desde a licenciatura; e os modelos de avaliação, incluindo o ENEM. Essa discussão, que se faz necessária e urgente, terá reflexos no desenvolvimento social e econômico do país”, afirma o diretor-superintendente do SESI, Rafael Lucchesi.
Ele lembra que a última etapa da formação básica possui índices alarmantes de abandono e evasão, como mostra o Anuário Brasileiro da Educação Básica, e que a taxa de desocupação para os brasileiros de 18 a 24 anos de idade é de 31%. O estudante, que hoje encontra-se desmotivado e é compelido a largar os estudos para conseguir uma fonte de renda de baixa qualificação e sem perspectivas, deveria ter no ensino médio a oportunidade de construir seu projeto de vida e de carreira.
Além de trazer essa discussão para a sala de aula, o Novo Ensino Médio fortalece a trajetória de profissionalização, possibilitando ao Brasil se aproximar dos países mais desenvolvidos ao ampliar sobremaneira o percentual de jovens que concluem a Educação Básica com certificação técnica, por meio do itinerário de formação profissional.
“A escola deve conceder identidade social a todos os brasileiros, mas hoje ela funciona como um funil para o ensino superior. Do outro lado, temos um mercado retraído que solicita qualificações imediatas para o trabalho. O Novo Ensino Médio surge nesse contexto para termos uma formação básica com competências e conhecimentos a serem desenvolvidos com todos os alunos, com a Base Nacional Comum Curricular, e para darmos autonomia e engajamento aos jovens, com os itinerários formativos”, completa Lucchesi.
Todos esses desdobramentos serão abordados no seminário, que pretende trazer experiências internacionais exitosas de formação de professores, de inovação em sala de aula e de mudanças nos currículos.