Muitos jovens abandonam os estudos porque precisam trabalhar o que acaba interferindo diretamente na formação profissional. Para tentar reverter essa situação nesta quinta-feira (8), foi lançado em Campo Grande o projeto "Educação Para o Mundo do Trabalho", que vai atender trabalhadores das indústrias, entre 18 e 24 anos, que estão no ensino médio incompleto e aqueles que não estudam.

A auxiliar de corte, Elaine Carvalho Barros, precisou parar os estudos para trabalhar, uma situação comum no mercado de trabalho. "Eu casei com 15 anos, já engravidei tive meu filho, então não teve tempo mesmo, também parei de trabalhar para cuidar deles também", diz Elaine. "Eu casei, engravidei e fui me dedicar a ser mãe", diz a costureira, Cristiane da Silva.

Aos 22 anos, o serigrafista, Rafael Batista dos Santos de Sá, também abandonou os estudos, quis ganhar mais dinheiro com outro trabalho, não sobrou tempo para ir a escola.
"Eu arrumei outro serviço para trabalhar a noite e no tempo que era para eu ir a escola, ia para o serviço, acabei faltando várias vezes e quando acabou esse serviço que eu estava fazendo, não deu mais tempo de recuperar e eu acabei parando", diz Rafael.

O que a equipe do MS Record, encontrou em uma industria de confecção, é uma realidade muito comum no Brasil a fora, gente que abandonou os estudos muito cedo para poder trabalhar e a falta de estudo interfere diretamente na vida dessas pessoas e também na qualidade da produção nas industrias.

De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional da Industria feita e todo Brasil, confirma esses dados, só no Estado mais de 100 mil jovens estão fora da escola, uma realidade que a federação da indústria quer mudar e para isso lançou o programa Educação Para o Mundo do Trabalho o assunto discutido na reunião com todos os seguimentos ligados ao setor, vai levar até as industrias condições para que os trabalhadores possam concluir o ensino médio.

"O objetivo seria sensibilizar as instituições para desenvolver e pactuar ações para reverter esse quadro quer o Brasil atravessa de competitividade e de produtividade do trabalhador", diz o Diretor Técnico do SENAI, Dax Goulart. (Com colaboração Edson Godoy, TV MS Record)