A constatação de que o alcance da competitividade será possível caso a indústria disponha de trabalhadores capazes de inovar, enfrentar situações planejadas (ou não), que interpretem desafios, avaliem riscos e respondam adequadamente à complexidade do trabalho é fato que mobiliza a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e o Serviço Social da Indústria (SESI) para a construção de uma agenda nacional que integrarão as ações do Projeto Educação para o Mundo do Trabalho, cujo lançamento regional dar-se-á hoje, dia 27 de agosto na Fiec, com a participação de empresários, governos, organizações não governamentais, mídia e educadores.
O ponto essencial dessa iniciativa está centrado em proposições de soluções para os trabalhadores atualmente empregados na indústria, que não possuem o ensino médio (5,6 milhões); os jovens que estão cursando o ensino médio (8,7 milhões); e os jovens de 18 a 24 anos de idade, que possuem ensino médio completo ou incompleto, mas que se encontram fora da escola e do mercado de trabalho (2,1 milhões). Com os insumos desse evento, a CNI instituirá o Movimento da Educação para o Mundo do Trabalho, que culminará, em 2014, com a premiação das instituições-destaque no desenvolvimento das ações do Projeto.
A expectativa é implantar uma agenda permanente de soluções coletivas, que contribua para a mudança urgente desse cenário que aponta a falta de trabalhadores qualificados em dois terços da indústria (CNI, 2011), e pontua o Brasil em situação desfavorável: 48ª posição no ranking da competitividade; 126ª (no ensino fundamental) e 116ª (no ensino médio) em qualidade da educação (Relatório de 2012/2013).
Francisco das Chagas Magalhães
Superintendente regional do Serviço Social da Indústria (SESI/CE)