Projeto com 55 escolas paulistanas quer aproximar adolescentes da educação profissional

Maior competição de educação profissional do mundo, a WorldSkills 2015 terá a participação de alunos de cinqüenta e cinco escolas, a maioria estaduais e municipais

“É uma oportunidade de a WorldSkills falar com todo o sistema escolar da cidade-sede”, afirma o presidente da WorldSkills International, Simon Bartley

A realização da maior competição de educação profissional do mundo em São Paulo, no próximo mês de agosto, promete trazer uma série de informações sobre o assunto para os estudantes da cidade e, assim, incentivá-los a optar por uma carreira técnica. Cinqüenta e cinco escolas, a maioria estaduais e municipais, vão receber jovens profissionais técnicos de mais de 50 países que estarão no Brasil para a WorldSkills 2015 .

Durante quatro dias, 1.200 competidores participarão de provas para medir conhecimentos técnicos em mais de 50 ocupações técnicas da indústria e do setor de serviços. Antes do torneio, porém, as delegações dos diferentes países visitarão as escolas paulistanas para conversar com os estudantes. Trata-se do projeto One School One Country (Uma escola um país), desenvolvido desde 2007, dentro da programação do evento internacional. “É uma oportunidade de a WorldSkills falar com todo o sistema escolar da cidade-sede”, afirma o presidente da WorldSkills International, Simon Bartley.

PROGRAMAÇÃO - As 55 escolas foram escolhidas a partir de critérios como rede pública, proximidade da realização da competição, no Anhembi, e projetos pedagógicos já desenvolvidos. A Escola Estadual Professor Plínio Damasco Pena (localizada em Brasilândia, na Zona Norte da cidade) foi uma das selecionadas. Este ano, a unidade, que tem 500 estudantes dos ensinos fundamental 2 (6º ao 9º ano) e médio, passará a oferecer atividades em horário integral. “Nós esperamos que a experiência seja muito bem sucedida. É importante sabermos o que está acontecendo nas escolas do mundo e também mostrarmos um pouco do que fazemos”, afirma a diretora Silvana Zuculin Costa.

Até agosto, ela e os alunos irão preparar uma programação para receber a delegação inglesa. Entre os projetos a serem destacados, a diretora enumera o jornal desenvolvido pelo grêmio estudantil e um projeto de sustentabilidade que utiliza o lixo orgânico descartado na escola para produção de adubo para a horta comunitária. “Tudo o que fazemos tem o protagonismo dos alunos”, diz. Questionada sobre a realização de atividades voltadas ao mundo do trabalho, Silvana explica que, nessas atividades longe das salas de aula, muitos alunos acabam descobrindo habilidades. “Oferecemos aulas de fotografia, anatomia, língua estrangeira”, conta.

Enzo Heron, 12 anos, participou do lançamento do projeto nesta terça-feira (3), em São Paulo. Aluno do 8º ano da Escola Estadual Joaquim Luiz de Brito, ele acredita que os neozelandezes com quem se encontrará em agosto vão se interessar em conhecer as atividades de estudo da língua portuguesa e da leitura.

O diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) , Rafael Lucchesi, acredita que os estudantes brasileiros terão uma boa oportunidade para conhecer a educação profissional no mundo. Ouça aqui o que ele diz sobre o One School One Country.

 

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