Em dez anos, o número de matrículas de mulheres nas escolas do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) aumentou em mais de quatro vezes. Saiu de 273.425, em 2005, para 1.183.042 em 2014, quando o grupo passou a representar 36% do total de alunos da instituição. O SENAI – a maior rede de formação de trabalhadores para a indústria do país – conta com mais de mil unidades em todos os estados e no Distrito Federal e oferece cursos que vão desde a iniciação profissional até a pós-graduação.
Sessenta por cento das matrículas realizadas por mulheres estão em quatro áreas tecnológicas: Gestão, com 339.345; Tecnologia da Informação: 130.472; Têxtil e Vestuário: 120.701; e Segurança no Trabalho: 104.601.
O interesse maior das mulheres em trabalhar na indústria parece fazer sentido. Na média dos setores formais da economia, elas recebem salários cerca de 21% menores que os dos homens, de acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) 2013. Em sete segmentos industriais, porém, como é o caso da construção de edifícios, a média salarial das trabalhadoras chega a ser 25% maior que a dos homens. Na fabricação de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, a média entre elas é 17% maior.