Inovações e tecnologias "Made in Brazil" que podem revolucionar a economia e a vida das pessoas

Alunos do ensino técnico e profissionais apresentam, na Olimpíada do Conhecimento, avanços tecnológicos genuinamente brasileiros que sinalizam tendências futuras em áreas como agricultura, energia e medicina

Visitantes encontram, em diversas localidades da OC2018, inovações genuinamente brasileiras que podem melhorar processos produtivos, da agricultura à medicina

Na tecnologia, nada se cria, tudo se transforma. Boa parte da transformação digital acontece quando alguém desenvolve uma maneira de conectar uma máquina a outra ou dar novos usos à tecnologia existente.

Nessa Olimpíada do Conhecimento, o que não faltam são exemplos da inteligência brasileira para explorar a tecnologia na busca de mais qualidade de vida e aproveitamento dos recursos que já temos. De ventiladores que se transformam em usinas de eletricidade à carros elétricos compartilhados, tem inovação de ponta sendo feita no Brasil, por estudantes do ensino técnico e por profissionais com carreiras já estabelecidas.

Eis alguns exemplos.

1. Farmbot

O sucesso de uma colheita depende, claro, da semeadura. Para conseguir o máximo de precisão, professores da Universidade de São Paulo (USP) criaram o Farmbot, um robô que penetra a terra na profundidade exata para cada plantio. Além disso, o sistema, que corre todo o campo por meio de trilhos, deposita a quantidade certa de sementes para cada cultura, respeitando os espaçamentos adequados. Mas espere, não para por aí. O robô fecha os trabalhos irrigando os pontos de semeadura. Com a ajuda de sensores, ele reconhece a necessidade de cada planta por água e fertilizantes.

2. Espelho virtual

Videogames são invenções muito legais, que se sofisticaram ao longo do tempo. Hoje, eles são os grandes exemplos da popularização da realidade virtual. Foi a partir das possibilidades oferecidas por eles que o pessoal do SENAI Cetiqt e do Instituto SENAI de Tecnologia Automação e Simulação, do Rio de Janeiro, tiveram a sacada de criar um espelho virtual com a promessa de mudar a relação entre consumidores e confecções. A equipe carioca desenvolveu um software para que o Xbox ofereça ao usuário todas as opções de modelo e estampa para diferentes peças de roupas. Além disso, é capaz de tirar as medidas do corpo com precisão. Conectado a uma TV que faz as vezes de espelho, o cliente tem tudo ali, ao alcance da mão, para desenhar uma peça com combinação de cores e estampas totalmente exclusivas.

3. Eletricidade gera… eletricidade

Ventiladores são verdadeiros salva-vidas no calor brasileiro. Difícil achar uma casa que não tenha um. Olhando para esse item básico, alunos do Ensino Médio Articulado com o Técnico de Eletromecânica do SESI Aracaju Cefem tiveram a ideia de aproveitar a energia gerada pela rotação do ventilador para outras aplicações que usam eletricidade. Ao instalar um dínamo na coluna do aparelho, os alunos conseguiram criar nova corrente elétrica capaz de carregar outros equipamentos, como um celular, por exemplo. No fim do mês, a economia pode ser de 160 watts. A premissa não serve só para casa, mas também para a indústria. A partir do sistema de exaustão, é possível utilizar a energia para abastecer a iluminação de uma fábrica.

4. Realidade virtual para prevenção de riscos

Reduzir o número de acidentes no chão de fábrica é um desafio para empresas de todos os portes. Hoje, na indústria, são 15 acidentes a cada 1 mil trabalhadores. Para ajudá-los a identificar potenciais situações de risco, o Centro de Inovação SESI Rio Grande do Sul desenvolveu, em parceria com uma startup, por meio do Edital SESI SENAI de Inovação, um software que simula um ambiente fabril e potenciais situações de acidente. Com a ajuda de óculos de realidade virtual, o trabalhador circula pela fábrica e identifica ameaças e o grau de risco de cada situação. No fim, descobre o que acertou e o que deixou passar. O recurso tem sido usado em treinamentos e palestras sobre segurança no ambiente de trabalho no Rio Grande do Sul.

5. Triagem eletrônica

A Pluginbots é a primeira startup da América Latina que conseguiu fazer a ponte entre um robô e a plataforma de conversa IBM Watson. Usando o software brasileiro, que o programou com informações de saúde, o simpático NAO pode ser usado para triar pacientes no hospital. Com base nos sintomas, ele encaminha as pessoas para o especialista mais adequado. Na prática, o sistema criado pela startup brasileira permite que o robô também seja usado para outras situações, como na recepção a hóspedes em hoteis.

6. Carro elétrico compartilhado

O setor automotivo passa por fortes transformações, como o uso compartilhado de veículos e a busca por fontes de energia alternativas ao petróleo. Nessa esteira, os alunos do SENAI criaram um carro elétrico para uma pessoa movido a quatro baterias, com autonomia de 80km. A ideia é que o veículo seja compartilhado por meio de um aplicativo, semelhante ao esquema de aluguel de bicicletas. Uma das coisas mais legais do carro é que ele pode ser carregado em tomadas comuns, em quatro horas. Tudo isso pode chegar ao mercado por R$ 25 mil

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