Empresas atraem interesse de consumidores e parceiros para novas tecnologias de mobilidade e energia renovável

No Ecoposto e na área de energias renováveis, estão expostos eletroposto para carregar bateria de carros elétricos; impressora 3D de peças automotivas e painéis fotovoltaicos para geração de energia renovável

No Brasil, há 500 eletropostos como o montado para visitação na Olimpíada do Conhecimento 2018, sendo que a maioria é em casas.

Na Olimpíada do Conhecimento 2018, realizada pelo Serviço Social da Indústria (SESI) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) até domingo (8), em Brasília, empresas encontram o ambiente propício para despertar o interesse de consumidores e parceiros para novas tecnologias em mobilidade e energia. A Eletricmobility, por exemplo, trouxe o eletroposto que carrega a bateria de carros elétricos. De acordo com o representante da empresa, Elias Alves, em apenas três anos, há 500 eletropostos no Brasil, sendo a maioria em casas.

“Há oportunidade desses postos serem instalados em condomínios, mercados e até shoppings”, explica Elias Alves, representante da Electric Mobility

Recentemente, o empreendimento instalou três eletropostos na Via Dutra, que liga o Rio de Janeiro e São Paulo. Em 20 minutos, os carros são totalmente carregados. “Faltam investidores para tornar essa tecnologia mais acessível ao grande público” destacou Alves. “Há oportunidade desses postos serem instalados em condomínios, mercados e até shoppings. Enquanto o cliente passeia, o carro é recarregado”, explica. O custo dessa tecnologia varia de R$ 7 mil, para eletropostos residenciais, até R$ 200 mil, para tecnologias instaladas em estradas que exigem menos tempo de recarga.

“Aqui é uma demonstração de como a impressora 3D pode ser útil na manutenção de equipamentos, não apenas na indústria automotiva, mas em diversos segmentos”, conta Wilson Neto, engenheiro de Aplicações da Ska

No Ecoposto instalado na Olimpíada, uma impressora 3D da Stratasys produz peças automotivas de plástico. A proposta é usar a tecnologia interligada a um sistema do posto que informa problemas mecânicos de carros que chegam e, a partir daí, confecciona peças danificadas. “Aqui é uma demonstração de como a impressora 3D pode ser útil na manutenção de equipamentos, não apenas na indústria automotiva, mas em diversos segmentos”, explicou Wilson Neto, engenheiro de Aplicações da Ska, que comercializa a tecnologia no Brasil.

Segundo ele, a tecnologia, que tem custo a partir de R$ 100 mil, pode ser muito útil para segmentos como de manutenção de elevadores e de navios em alto-mar. “Melhor do que ter um elevado estoques de peças, a tecnologia pode reproduzir peças danificadas para rápida manutenção”, acrescentou Neto.

Davi Lima decidiu visitar a Olimpíada do Conhecimento com a família, preocupado com o futuro profissional dos seus filhos

FORMAÇÃO – Davi Lima, coordenador de serviços de uma empresa de manutenção de elevadores, ficou de olho na impressora 3D, não apenas como oportunidade para sua empresa. Ele trouxe os filhos para conhecerem as novas tecnologias, preocupado com o futuro profissional das crianças. “Fico imaginando minha filha, que tem um ano e cinco meses, no futuro, tendo de entregar trabalhos escolares produzidos em uma impressora 3D”, vislumbrou. “Precisamos preparar nossos filhos para lidarem com essas inovações e serem profissionais preparados e competitivos.”

No Ecoposto, também chamaram a atenção de consumidores e investidores tecnologias desenvolvidas por estudantes do SENAI, como o E-cub, carro elétrico compacto e ecológico, que foi o projeto vencedor da última Olimpíada do Conhecimento, realizada em 2016. Outro destaque foi uma máquina de usinagem que reproduz o sistema de fábrica de peças em menor dimensão para a educação profissional. O protótipo do carro elétrico, com capacidade para uma pessoa, e que pode se tornar a solução para os desafios de mobilidade urbana, custou R$ 40 mil. Em escala, pode ser reduzido para R$ 20 mil.

A estudante Tainá Silva Sobrinho gostou de ver em monitores a mensuração de energia que o painel fotovoltaico gera e as possibilidades de ganhos econômicos

ENERGIAS RENOVÁVEIS – No espaço de recursos naturais, visitantes tiveram interesse em conhecer mais as oportunidades da geração individual de energia por painéis fotovoltaicos. A estudante de Química Industrial Tainá Silva Sobrinho, de 22 anos, que veio de Goiânia, gostou de ver em monitores a mensuração de energia que o painel fotovoltaico gera e as possibilidades de ganhos econômicos ao se adotar a tecnologia. “Além de ser renovável e melhor para o meio ambiente, há retorno econômico ao usuário em um tempo razoável”, avaliou Tainá.

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