IEL oferece curso de empreendedorismo para alunos da rede pública em Manaus

Estudantes recebem treinamento comportamental para entrevistas de emprego, aprendem como criar um currículo, por onde começar um empreendimento e outras orientações do mercado de trabalho

“O maior objetivo desse projeto é levar aos jovens o conhecimento sobre inserção no mercado de trabalho para que eles estejam de fato qualificados para isso" - Almir Pereira

Ingressar no mercado de trabalho é um passo importante na vida das pessoas, mas também um desafio. Existem diversas exigências, seja para trabalhar em uma empresa ou para criar o próprio negócio. Em Manaus (AM), alunos da rede pública tem o apoio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) para se adaptar ao mercado de trabalho desde a escola, por meio do projeto “O primeiro emprego a gente nunca esquece”.

A iniciativa foi idealizada em 2019, pelo IEL/AM e foi realizado como piloto em uma escola municipal, por meio de parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Semed Manaus). Contudo, a pandemia de Covid-19 exigiu uma pausa no projeto até maio de 2022. O objetivo é estimular as competências dos alunos para a empregabilidade e o empreendedorismo.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Amazonas registra a terceira maior taxa de trabalho informal do Brasil. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, no primeiro trimestre de 2022, 58,1% da população ocupada no estado atuava na informalidade, o que representa 994 mil pessoas.

Para chegar nesse resultado são consideradas as seguintes populações: empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ e trabalhador familiar auxiliar.

Para reduzir ou reverter esse quadro, o projeto “O primeiro emprego a gente nunca esquece” reúne especialistas do IEL ou credenciados pela instituição para ministrar aulas sobre empreendedorismo, treinamento comportamental durante uma entrevista de emprego, dicas sobre como criar um currículo, além de outras orientações voltadas para a inserção no mercado de trabalho.

O projeto começou na escola municipal Antônia Pereira, no bairro Santa Etelvina da zona Norte e, atualmente, foi implementado na escola municipal Leonardo da Vinci, no bairro Nova Esperança. Ao todo, 300 estudantes dos 8º e 9º anos do ensino fundamental com idade entre 14 e 18 anos, estão participando das aulas.

Ao todo, 300 estudantes, dos 8º e 9º anos do ensino fundamental com idade entre 14 e 18 anos, estão participando das aulas

A estudante Jamili Vieira Fitzpatrick, 14 anos, por exemplo, participou da iniciativa e ficou ainda mais inspirada para ter o próprio negócio no futuro. Apesar de ainda ter dúvidas entre as áreas de Artes e Tecnologia, a estudante sabe que o mercado de trabalho é competitivo e exige profissionais cada vez mais qualificados.

“Hoje em dia estão exigindo cada vez mais qualificações e o mercado de trabalho está muito competitivo e desafiador, então as pessoas estão optando por criar negócios, as próprias empresas. As aulas nos ensinaram como empreender, quais tipos de empreendedorismo existem e citaram exemplos de pessoas empreendedoras. Eu gostaria de empreender digitalmente, então esse curso me ajudou bastante, me mostrando a maneira correta de fazer isso e me deixando ainda mais motivada”, contou a jovem que estuda na escola Leonardo da Vinci, onde o projeto ainda está em andamento.

Da escola Antônia Pereira, Bruna Freitas de Oliveira, 15 anos, teve a oportunidade de visitar a empresa Scania e já entregou alguns currículos – elaborados com os conhecimentos adquiridos nas aulas do projeto – para tentar vagas de menor aprendiz.


“Pude aprender inúmeras lições sobre como ingressar no mercado de trabalho, qual é o perfil de uma pessoa que deseja ingressar neste ramo do empreendimento, entre outros pontos. Quando o curso acabou, tive a oportunidade de fazer uma imersão na empresa Scania, onde os servidores abriram portas para que eu levasse meu currículo. Agora estou esperando uma oportunidade como menor aprendiz”, relatou a estudante, que já cumpriu as 40h de aula.


A equipe do projeto é composta por Jarly Aquino e Almir Pereira, que reforçaram que o foco do projeto é qualificar os jovens para ter sucesso em vagas de emprego e em seus empreendimentos. “O maior objetivo desse projeto é levar aos jovens e adolescentes, que têm interesse em sua inserção no mercado de trabalho, o conhecimento sobre as informações necessárias para que eles estejam de fato mais qualificados para isso”, destacou Pereira.

Conforme Ricardo Simões, que faz parte da coordenação do Núcleo de Parcerias Institucionais (Nupi) da secretaria, pelo menos mais uma escola será beneficiada com a ação.

“Pretendemos contemplar mais uma unidade na zona Leste da cidade. Com isso, vamos atingir três unidades de ensino até o fim de 2022, sendo uma na zona Norte, uma na zona Oeste, e outra na zona Leste, respectivamente, beneficiando nesse primeiro ciclo do projeto, em torno de 400 alunos do 8º e 9º ano”, informou Simões.

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