Após Festival SESI de Robótica, jovens conquistam 33 prêmios em torneios internacionais

Competições promovidas pelo SESI classificaram 26 das 28 equipes premiadas em mundiais nesta temporada nas categorias FLL e FTC. Dois times do SESI/SENAI da categoria FRC também levaram prêmios, nos Estados Unidos. Em novembro, em Abu Dhabi, será a vez de mais uma equipe disputar prêmios

Em Houston, EUA, o time Jedi's, do SESI de Jundiaí/SP ficou em 2º lugar na categoria Estratégia e Inovação no mundial de FIRST LEGO League

A participação recorde de equipes brasileiras em torneios internacionais de robótica, em 2019, colheu bons frutos. Os 26 times das categorias FLL e FTC classificados no Festival SESI de Robótica, em março, no Rio de Janeiro, além de duas equipes do SESI/SENAI de FRC, conquistaram 33 prêmios em disputas nos Estados Unidos, Turquia, Uruguai, Líbano e Austrália. Em novembro, ainda há chances de mais prêmios: a equipe baiana Sevenspeed, do SESI Bahia, vai representar o Brasil no mundial de F1 nas Escolas.

“Os resultados dos alunos do SESI na edição 2018/2019 nos torneios de robótica foram muito positivos. Isso ocorre pela maior participação e pela maturidade dos projetos. Mas esses bons resultados só indicam que temos que trabalhar ainda mais para que possamos acompanhar a evolução dos times ao redor do mundo”, afirma o diretor de operações do SESI, Paulo Mól.

Desde 2013 o Serviço Social da Indústria (SESI) promove torneios de robótica em parceria com a FIRST - organização não governamental estadunidense - e a LEGO. As melhores equipes se classificam para disputas internacionais. Em sete temporadas, o Brasil levou 66 prêmios mundo afora. Metade disso apenas neste ano.

A última conquista foi o 1º lugar geral no torneio de Fairmont, na Universidade da NASA, nos Estados Unidos. A equipe Gametech Canaã, do SESI de Goiás, subiu no topo do pódio, superando 70 equipes de 12 países, ao criar um chiclete de pimenta para melhorar o bem-estar de astronautas.

INOVAÇÃO - Incentivar a inovação entre os jovens é um dos principais objetivos das competições de robótica. Por isso, os competidores são desafiados a pesquisar, identificar e propor uma solução inovadora para um problema físico ou social sobre um tema específico. Nesta temporada, o mote foram as viagens de exploração espacial. 

A equipe Francodroid, do Colégio Liceu Franco-Brasileiro, no Rio de Janeiro, conquistou o prêmio de voto popular e o grande Prêmio de Inovação Global, em San José, EUA, com o CosmoCup, um coletor menstrual para mulheres astronautas. O projeto foi considerado o mais inovador entre os mais de 40 mil apresentados este ano em 74 países.

As primeiras mulheres astronautas tinham de levar absorventes para o espaço. "Uma média de 3.600 absorventes em cada missão, sendo que, hoje, as mulheres levam 1.100 pílulas anticoncepcionais", detalha Mariana Araújo, 15 anos, da equipe Francodroid. "Mas muita mulher não pode tomá-las ou utilizar qualquer outro método, então elas ficam impossibilitadas de se tornarem astronautas", completa.

A equipe Gametech Canaã, do SESI de Goiânia, ficou em 1º lugar geral no torneio internacional promovido na universidade da NASA, nos EUA

Na categoria Estratégia e Inovação, o Brasil levou outros três prêmios nas disputas internacionais: 2º lugar no Campeonato Mundial de Robótica dos Estados Unidos, em Houston, para o time Jedi's, do SESI de Jundiaí/SP; 1º lugar para a equipe de garagem carioca Stan Geek; e 1º lugar no Aberto da Ásia Pacífico, na Austrália, para a brasiliense Albatroid, do SESI do Distrito Federal.

"A robótica desenvolve habilidades muito importantes logo no início da juventude, como comunicação, trabalho em equipe, resolução de problemas e trabalhar com prazos. Nós achamos todas essas coisas importantes para que esses jovens sejam bem sucedidos", ressalta Patrick Burns, representante da produtora multinacional de equipamentos industriais John Deere. A empresa é uma grande apoiadora dos torneios de robótica nos Estados Unidos.

Os cariocas da Francodroid venceram o Prêmio de Inovação Global com o CosmoCup, um coletor menstrual para astronautas

HABILIDADES - Os torneios de robótica fazem parte de um programa internacional de exploração científica e contribui para o desenvolvimento de competências e habilidades comportamentais para a vida. A cada ano o torneio estimula o trabalho colaborativo, a criatividade e traz desafios do mundo real para os alunos do mundo inteiro.

A robótica está inserida no programa STEAM, adotado pelo SESI. A sigla em inglês contempla Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática - áreas de conhecimento que devem ser prioridade na formação e precisam ser trabalhadas conjuntamente.

“A robótica é um caminho para ensinar estudantes de todas as idades a programar, uma habilidade essencial, quase um novo idioma que os alunos devem aprender. Além disso, aprendem trabalhando como um time e desenvolvem habilidades para qualquer área que escolherem. Esses alunos serão capazes de estar quase uma década à frente daqueles que não participam de programas de robótica”, reforça o diretor do Centro de Recursos de Educadores da Agência Espacial dos Estados Unidos (NASA), Todd Ensign.

Os meninos da Geartech participaram do mundial da FIRST Tech Challenge após a classificação no Festival SESI de Robótica, no Rio de Janeiro
"Esses alunos serão capazes de estar quase uma década à frente daqueles que não participam de programas de robótica”, disse o diretor do Centro de Recursos de Educadores da Agência Espacial dos Estados Unidos (NASA), Todd Ensign.
Em 2019 o SESI promoveu, pela primeira vez, o Torneio F1 nas Escolas

SAIBA MAIS - Acompanhe todas as novidades sobre a próxima temporada no site oficial do Torneio SESI de Robótica.

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