Uma equipe que estuda muito até achar uma solução final para os desafios. Essa é a marca da Big Bang, a equipe do Serviço Social da Indústria (SESI) de Birigui (SP). Eles disputarão o tricampeonato na etapa nacional do Torneio SESI de Robótica First Lego League após ganharem a competição em 2015 e em 2017. A principal exigência da atual temporada é criar novas ideias para o espaço sideral. A equipe biriguiense estará no evento que ocorre entre os dias 15 e 17 de março no Rio de Janeiro.
A classificação na etapa regional veio em novembro de 2018 com o 2º lugar em Presidente Epitácio (SP). O técnico do time, Valter Moreno Júnior, 37 anos, detalha como é feito o trabalho em equipe. “Nós vimos que era uma temporada que trazia um grande desafio. Porque falar sobre problemas físicos e sociais relacionados ao espaço é uma dificuldade. Até para testar o protótipo, pensar em coisas que ainda não funcionam e que ainda não existem para resolver os problemas. Fomos em vários profissionais”, conta.
Valter acredita que quanto mais orientação, melhor. “Então é uma equipe que pesquisa muito para poder encontrar uma boa solução. A gente costuma falar 'não vai direto na primeira solução'. Mas antes, sempre pensamos em procurar o suporte de diversos profissionais para poder ser algo que resolva”, explica.
O time apresenta, nesta temporada, uma peça de teatro com elementos do espaço para ficar mais compreensiva. “A proposta teve astronauta, mas a gente procurou focar em elementos do espaço como estrelas para tornar a apresentação mais lúdica e, ao mesmo tempo, fazer com que as informações sejam facilmente compreendidas pelos juízes”, esclarece.
FORA DA ZONA DE CONFORTO - Na opinião do supervisor técnico educacional do SESI-SP, Ivanei Nunes, os jovens entendem que “todos os temas [de cada equipe] tiram da zona de conforto do nosso dia a dia e faz com que os alunos pensem em problemas mais complexos", analisa.
O supervisor acredita que os desafios do torneio ajudam os jovens competidores a refletirem. “Eles já começam a entender que nessas viagens existe a perda muscular, óssea, que tem o problema de solidão, depressão e insônia. A questão dos recursos para a vida humana como água e energia solar. Então eles vão se deparando com problemas que no seu cotidiano eles nunca imaginavam que existissem nas missões espaciais”, comenta Ivanei.
Experiência realmente é uma das marcas da Big Bang. Com o 3º lugar no torneio nacional de robótica do ano passado, a equipe se classificou para a World Festival, que é o maior torneio de Robótica do mundo. A competição ocorreu em abril do ano passado em Houston, nos Estados Unidos, quando a equipe ganhou na apresentação da pesquisa.
ENTENDA O TORNEIO - Os times devem ter dois treinadores: técnico e mentor; e 2 a 10 competidores, que são avaliados nas seguintes fases: Projeto de Pesquisa para colocar as ideias no papel; Design do Robô para desenvolvê-lo; Desafio do Robô, para a equipe cumprir missões com o próprio robô; além da Core Values, quando são avaliados os valores morais da equipe.
A temporada 2018/2019 tem o tema “IntoOrbit” - Em órbita. As equipes precisam resolver um conjunto de problemas do mundo real, os mesmos vivenciados por profissionais como cientistas e engenheiros para melhorarem o trabalho feito no espaço.
O torneio foi criado em 1998 pela FIRST - uma organização não governamental - em parceria com o Grupo LEGO. A competição busca incentivar o contato de estudantes com o mundo da ciência e da tecnologia de forma divertida. Tudo isso, por meio do desenvolvimento de robôs com peças da tecnologia LEGO Mindstorm. Desde 2013, o SESI é a instituição brasileira responsável por organizar as etapas regional e nacional do torneio. Neste ano, a etapa nacional do Torneio faz parte da programação do Festival SESI de Robótica, no Rio de Janeiro.
SAIBA MAIS - Acesse o site do Torneio SESI de Robótica e para saber tudo sobre a competição!