7 motivos que tornam o Brasil um país mais inovador

Melhora no Índice Global de Inovação, recomposição dos recursos do FNDCT e novos programas que investem na área são alguns exemplos que ajudam a promover a inovação no país

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Em 2023, o Brasil ficou em 49º lugar entre 132 países, sendo o primeiro colocado na América Latina e Caribe.

Que o Brasil tem grande potencial inovador, ninguém duvida. Mas, para crescer, um país precisa de uma política de longo prazo para a inovação, além de investimentos consistentes em educação, ciência e tecnologia. Nesta quinta-feira, 19 de outubro, comemora-se o Dia Nacional da Inovação. O Brasil tem capacidade de ser muito mais inovador, mas alguns avanços dos últimos anos já impulsionam o país cada vez mais para essa realidade. Confira, a seguir, sete deles:

1. Índice Global de Inovação

O Brasil subiu cinco posições no Índice Global de Inovação (IGI), ranking que avalia as economias mais inovadoras do mundo. Em 2023, o Brasil ficou em 49º lugar entre 132 países, sendo o primeiro colocado na América Latina e Caribe. Pelo terceiro ano seguido, o país melhora no índice e, dessa vez, superou o Chile. Ao todo, foram 12 anos fora das 50 economias com melhor classificação no ranking.

Graças a essa colocação, o Brasil está entre as economias que mais melhoraram o desempenho no ranking nos últimos quatro anos.

O IGI é referência na avaliação da inovação entre os países e na formulação de políticas públicas de ciência, tecnologia e inovação. O ranking deste ano foi divulgado há menos de um mês pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI – WIPO, na sigla em inglês).

2. Recursos do FNDCT de volta

Em maio de 2023, os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), principal fonte de financiamento à inovação do Brasil, foram recompostos integralmente, depois de vários anos de contingenciamento.  

A medida provisória editada no fim de 2022, que previa o bloqueio de grande parte do fundo, perdeu a validade este ano. É a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a responsável pela gestão dos recursos do FNDCT. 

A Agência de Notícias da Indústria fez uma matéria sobre como acessar os recursos do FNDCT. Vem conferir! 

3. Empresas mais ecoinovadoras 

Aliar inovação à sustentabilidade já é realidade em 47% das indústrias brasileiras, que já têm projetos ou planos de ação formal em ecoinovação, segundo pesquisa inédita da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada em setembro. 

O Brasil tem grande potencial para ser um dos países mais inovadores do mundo graças à riqueza de recursos naturais. Um dos exemplos é o fato de o país ter a maior biodiversidade do planeta, com mais de 20% do total das espécies conhecidas.

Unir biodiversidade com tecnologia e inovação pode impulsionar o potencial da bioeconomia, que dá origem a novos produtos, como medicamentos, vacinas, biocombustíveis e cosméticos, por exemplo, a partir do emprego de novas tecnologias.

4. Política industrial orientada por missões 

Em maio de 2023, a CNI propôs quatro missões de política industrial com o objetivo de impulsionar o crescimento do país, apresentadas no Plano de Retomada da Indústria

As missões são descarbonização da economia, transformação digital, saúde e segurança sanitária, e defesa e segurança nacional, que passam pela inovação. 

A economista e especialista em financiamento para inovação, Mariana Mazzucato, falou sobre a importância de uma política industrial orientada por missões quando participou do 10º Congresso Internacional de Inovação da Indústria, realizado em setembro pela CNI e pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

As diretrizes da política industrial do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial  (CNDI), presidido pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também seguem o formato de missões.

5. Novos programas, mais inovação

Em agosto deste ano, foi lançado o programa Mais Inovação Brasil, do MCTI e Finep, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O programa destina R$ 66 bilhões para a inovação de empresas até 2026 e tem como base as seis missões da nova política industrial. 

Do total, R$ 41 bilhões são do FNDCT, sendo que R$ 16 bilhões são recursos não reembolsáveis. A partir do programa, será disponibilizada linha de crédito a 4% ao ano. 

6. Dos Institutos SENAI, cada vez mais inovações

Desde 2012, os Institutos SENAI de Inovação desenvolvem pesquisa aplicada e novos produtos, processos e soluções industriais. Ao todo, são 28 Institutos, sendo 26 totalmente operacionais. Instalados no SENAI em diversos estados brasileiros, já são mais de 2,9 mil projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação com mais de 1.100 empresas industriais e valor acumulado de investimentos de R$ 2 bilhões.

O SENAI também mantém a Plataforma Inovação para a Indústria, criada em 2004, que já selecionou mais de 1.300 projetos inovadores, com investimento de mais de R$ 950 milhões em todo o país. É inovação que não acaba mais. 

7. Empresários que inovam

Em 2023, a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), coordenada pela CNI, completa 15 anos. Ao reunir mais de 500 lideranças empresariais do Brasil para dialogar sobre inovação, além de conectar setor público e iniciativa privada, a MEI estimula a formulação de políticas públicas para a inovação. 

A partir da MEI também foi criada, há nove anos, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), que incentiva a sofisticação da pesquisa aplicada e da tecnologia no país. A Embrapii já mobilizou R$ 3 bilhões em projetos de inovação e, desde 2014, já apoiou 1.459 empresas. 
 

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