Indústria apresenta contraproposta sobre tabelamento do frete

Setor propõe a transformação do modelo de tabela obrigatória em referencial e estímulo à contratação direta entre embarcadores e caminhoneiros autônomos

O setor industrial apresentou nesta terça-feira (6) uma contraproposta ao Ministério da Infraestrutura para dar sequência à negociação relativa ao transporte rodoviário de cargas. No documento, assinado por 32 entidades - incluindo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), federações estaduais da indústria, associações setoriais e sindicatos - as entidades do setor produtivo se comprometem a estimular contratações diretas entre embarcadores e caminhoneiros autônomos.

As entidades também propõem a transformação do piso mínimo do frete em tabela referencial, e não impositiva como é hoje, a partir da construção de uma metodologia de cálculo que estabeleça parâmetros viáveis de negociação entre as partes para o cálculo do valor do frete.
 
DIÁLOGO - Desde a sanção da tabela do frete, no primeiro semestre de 2018, as instituições do setor industrial estiveram presentes em todas audiências públicas da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) e nas reuniões realizadas pelo ministério, além de manter contato com lideranças dos caminhoneiros.
 
O setor industrial recebeu do Ministério da Infraestrutura, na manhã de sexta-feira (2), os detalhes da proposta feita pelos caminhoneiros autônomos. Na ocasião, os representantes do segmento propuseram o fomento à contratação direta. Na segunda-feira (5), a CNI fez nova consulta a sua base sobre a sugestão apresentada pelo governo e apresentou a contraproposta que será analisada pelo governo e pelos caminhoneiros. As entidades continuam acreditando que o melhor cenário é um entendimento direto entre produtores e transportadores por meio de mecanismos de mercado.
 
O setor industrial tem clareza de que o tabelamento prejudicou os caminhoneiros autônomos, as empresas industriais e, principalmente, os consumidores. Está convicto que a resolução da situação difícil dos caminhoneiros autônomos está na retomada do crescimento econômico e na simplificação da burocracia.
 

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