O maior envolvimento das empresas contratantes de plano de saúde, a educação dos usuários para uso racional do sistema de saúde suplementar, a melhor gestão de dados e construção de um modelo de pagamento baseado em resultados estão entre os principais caminhos apontados pelos participantes do 1º Diálogo Colaborativo de Saúde Suplementar: o desafio da coordenação do cuidado nos planos coletivos empresariais. O evento foi organizado pelo Serviço Social da Indústria (SESI) e pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), nesta quarta-feira (12) em São Paulo. Reuniu 68 representantes de empresas contratantes, operadoras de planos de saúde, indústria farmacêutica e da ANS. O objetivo é melhorar a compreensão do sistema de saúde pelos diferentes atores e aumentar a confiança e colaboração entre eles.
Para as empresas contratantes, houve consenso sobre a necessidade de cooperação para fortalecimento do grupo nas negociações de mudanças no sistema de saúde suplementar com operadoras e na construção de modelos inovadores de gestão de saúde corporativa. “As contratantes também têm papel central na sensibilização dos beneficiários para um uso racional do sistema e para que cobrem mais efetividade no tratamento”, destacou a especialista do SESI Georgia Antony.
Entre as operadoras de planos de saúde, houve a percepção de que é fundamental usar melhor os dados para atender as demandas da população com programas de saúde mais adequados a cada realidade. Segundo Georgia, os dados podem ajudar na criação de indicadores de resultados e satisfação dos beneficiários com os tratamentos para promover um novo modelo de saúde assistencial, baseado em pagamento por valor e não por número de procedimentos.
Outros Diálogos estão previstos para o segundo semestre deste ano no Rio de Janeiro, Salvador e Curitiba.