A padronização de dados sobre a saúde na saúde suplementar é fundamental para melhorar a gestão de planos de saúde pelo setor industrial. A afirmação é do gerente-executivo de Saúde e Segurança na Indústria do Serviço Social da Indústria (SESI), Emmanuel Lacerda, durante o 23º Congresso da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) na última quinta-feira, 23 de agosto, em São Paulo.
Segundo ele, é importante ainda que os dados disponíveis sejam “transportáveis” de forma ágil para diferentes tipos de plataformas. “Isso possibilita uma gestão voltada para a prevenção de doenças”, destacou Lacerda. “Não é possível planejar e executar qualquer ação para melhorar efetivamente a saúde dos beneficiários de planos de saúde sem dados devidamente estruturados e padronizados.”
Essas são algumas das prioridades do setor industrial para a melhoria do sistema de saúde suplementar. A indústria é responsável pelo financiamento de quase 22% dos planos, com 10,2 milhões de beneficiários.
Segundo Lacerda, para adoção de medidas que reduzam custos e melhore a qualidade da assistência em saúde, é importante a cooperação entre todas as partes interessadas: empresas contratantes de planos de saúde, operadoras, prestadores de serviço e governo.
Os reajustes dos planos têm registrado variações anuais médias bem superiores à inflação. Entre 2008 e 2016 o índice de variação do custo médico hospitalar (VCMH) aumentou 237,77%, quase quatro vezes mais que o índice geral nacional de preços ao consumidor amplo (IPCA) que foi de 71,88%.