Paratodos: avó e neto estudam na mesma sala em Nova EJA do SESI-PA

Após 35 anos longe das salas de aula, Lídia Lopes retomou seus estudos para apoiar o neto diagnosticado com TDAH

Para muitas pessoas, a avó é como uma segunda mãe. Foi o amor e a vontade de crescer junto que fizeram com que Lídia Lopes, de 56 anos, topasse o desafio de voltar à sala de aula, depois de 35 anos, ao lado do neto Willians Oliveira, de 20. Em 2018, eles ingressaram na Educação de Jovens de Adultos (EJA) da Escola Ananindeua do Serviço Social da Indústria (SESI), no Pará. 

Como várias mulheres de sua geração, dona Lídia casou e teve filhos muito nova; e, por conta disso, teve que deixar de lado os estudos para cuidar da sua família. Mas aceitou o desafio de voltar à escola para apoiar o seu neto, que tem dificuldades de aprendizagem. 

Nessa edição do Tem Solução, vamos contar como a Nova EJA do SESI pode ser o pontapé inicial dos seus sonhos, assim como foi para a dona Lídia e o seu neto Willians. 

Um novo jeito de aprender 

Desde 2016, a rede SESI conta com uma metodologia inovadora, a Nova EJA. Esse modelo de ensino, que atingiu 32,9 mil matrículas em 2021, valoriza os conhecimentos prévios do aluno, por meio do Reconhecimento de Saberes, que identifica e valida as experiências, competências e habilidades adquiridas pelo estudante ao longo da vida. Além disso, reduz o tempo de estudos em sala de aula, pois até 80% do curso pode ser realizado a distância. 

Essa flexibilidade de ensino contribuiu para que dona Lídia conciliasse a sua profissão com a rotina de estudos. Ela trabalha como garçonete em uma empresa de eventos e conta que foi um grande desafio lidar com o cansaço e seguir com o sonho de formar-se na escola. 

Dona Lídia conta ainda sobre a sua dificuldade em utilizar os recursos tecnológicos e destaca o papel do seu neto em auxiliá-la com a plataforma de estudos. Esse é outro diferencial da rede, que conta com ferramentas e plataformas educacionais inovadoras, que complementam o ensino dos estudantes. 

Além disso, o SESI possui um sistema autoral de ensino, em que os professores contribuem para a construção e atualização do próprio material didático utilizado por eles. Dessa forma, a realidade de cada sala de aula das unidades da rede SESI é contemplada no processo colaborativo. 

Parceria de casa para a escola

Willians foi diagnosticado, aos dois anos de idade, com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Com um atraso de desenvolvimento, em comparação a outros estudantes da sua idade, e dificuldades de socialização, o que afeta a sua relação com os colegas na escola, sua formação e processo de aprendizagem requerem um olhar mais cuidadoso. 

Dona Lídia conta que o neto sempre recebeu críticas na escola, além disso, um procedimento cirúrgico para tratar escoliose, o qual ele foi submetido aos 15 anos, também influenciou o seu abandono escolar. 

Ao saber, por meio de uma amiga, que o SESI Ananindeua ofertava a modalidade EJA, a avó encontrou a solução para que ela e o neto concluíssem os estudos da educação básica. 

Com a ajuda da avó, Willians conseguiu terminar o Ensino Médio e se prepara para a faculdade.

Um futuro no mundo da gastronomia e na computação 

A avó e o neto, que dividiram a sala de aula, agora compartilham o sonho de conquistarem uma vaga na universidade.  

Willians encantou-se pela tecnologia por gostar muito de mexer em computadores. Aos 14 anos, foi motivado a fazer um curso de computação e, após concluir a educação básica, passou a desejar o seu ingresso na universidade para estudar nessa área e entrar no mercado de trabalho, outro desafio da sua vida, mas também um sonho. 

Sua avó, apaixonada pelo universo culinário por já trabalhar no ramo como garçonete, pretende cursar gastronomia. Ela, que apostou na educação para ajudar o seu neto, defende “hoje, sem estudo, a gente não é nada”. 

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