Saneamento básico e resíduos sólidos são discutidos em reunião do COEMA em Palmas

Objetivo do encontro é formular estratégias que ajudem o processo decisório e o posicionamento político, econômico e social da CNI na área do meio ambiente

Cerca de 30 representantes de instituições ligadas ao meio ambiente e à indústria dos estados da Amazônia Legal e regiões Centro-Oeste e Norte participam nesta sexta-feira (06), na na sede da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins FIETO), da 21ª Reunião Ordinária do Conselho de Meio Ambiente e Sustentabilidade (COEMA). O tema central da reunião é saneamento básico e gerenciamento de resíduos sólidos.

O Conselho é formado por representantes de federações de indústrias dos estados e da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A missão é formular diretrizes e estratégias que ajudem o processo decisório e o posicionamento político, econômico e social da CNI na área de meio ambiente. Além disso, busca novos negócios para as indústrias na área de meio ambiente e defende que os marcos regulatórios não criem mais custos e dificuldades ao desenvolvimento do segmento.

Para o secretário executivo do COEMA Regional Centro Norte e gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Shelley Carneiro, esta ação conjunta entre os estados, CNI e órgãos ligados ao meio ambiente tem alcançado resultados positivos ao desenvolvimento sustentável. “Grande parte da proposta de modificação da lei de licenciamento ambiental, algo em torno de 70 a 80%, atualmente no Congresso Nacional, por exemplo, veio da integração de todos os COEMAs que levaram a discussão de demandas dos empresários para a Câmara”, explicou.

O evento foi aberto pelo vice-presidente da FIETO, Sérgio Tavares, e tem painéis temáticos com especialistas nacionais, do município e estado e de empresas que atuam com resíduos e saneamento. As práticas da capital Palmas com relação ao tema foram demonstradas em visitas técnicas ao Aterro Sanitário e a Estação de Tratamento de Esgoto de Palmas.

O município é uma exceção à estatística nacional e do próprio estado, como explica o gerente da Unidade de Defesa dos Interesses Industrias da FIETO, José Roberto Fernandes. “Apenas 49% de todo o esgoto brasileiro é tratado. No Tocantins só 17% é tratado, mas tem uma exceção nesse cenário. Palmas já trata 82% do esgoto produzido e destina para o aterro cerca de 98% do lixo. É um exemplo de boa gestão pública”, disse.

“Estamos discutindo isso para entender melhor o tema e enxergar no tratamento do lixo e esgoto negócios para a indústria. Os aterros, por exemplo, são grandes produtores de metano e poderiam servir como fonte energética numa hora em que o Brasil procura diversificar a matriz”, finalizou.

Também participam da reunião o secretário nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Paulo Ferreira, a secretária de estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luzimeire Carreira, o vice-presidente do Naturatins, Edson Cabral, a representante do Instituto de Planejamento Urbano de Palmas, Rariany Monteiro, o gerente de projetos da Fundação Municipal do Meio Ambiente, Dieverson Reis, especialistas do Instituto Trata Brasil, Odebrecht Ambiental/Saneatins, Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais e conselheiros das federações das indústrias dos estados.

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