Biodiversidade gera oportunidades para elevar a competitividade do Brasil

Práticas sustentáveis e bom uso dos recursos da biodiversidade geram aumento da riqueza e competitividade dos países

A cerimônia de abertura do Workshop Internacional Negócios e Capital Natural: diálogo para uma parceria sustentável foi realizada nesta quinta-feira (8), em Brasília

Importante parcela das inovações, que geram aumento da riqueza e da competitividade dos países, vem da promoção de práticas sustentáveis e do aproveitamento dos recursos da biodiversidade. A afirmação foi feita pelo secretário da Convenção sobre Diversidade Biológica da Organização das Nações Unidas, Bráulio Dias, nesta quinta-feira (8), durante a cerimônia de abertura do workshop internacional Negócios e Capital Natural: Diálogos para um parceria sustentável, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Cooperação Técnica Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ).

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Segundo Dias, esse quadro é favorável ao Brasil, que possui entre 15% e 30% das espécies de plantas e animais do planeta. “É preciso enxergar a biodiversidade como solução e oportunidade para indústrias serem mais competitivas”, destacou Dias. “As empresas são as grandes usuárias de recursos naturais e, por isso, é importante trabalharmos juntos para promover práticas sustentáveis e o melhor aproveitamento de recursos". 

NEGÓCIOS – A opinião foi compartilhada pelo diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi. Ele destacou que a indústria está cada vez mais atenta às oportunidades desse mercado e está preocupada com a preservação dos recursos naturais. De acordo com ele, o Brasil tem um grande potencial para ser líder mundial em bioeconomia. “Hoje temos diversos setores, como o de fármacos, de cosméticos e de alimentos, que contribuem com o objetivo do governo de promover a conservação do meio ambiente e o desenvolvimento regional”, assinalou Abijaodi. 

O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, ressaltou que, para melhor aproveitar as oportunidades da bioeconomia, o Brasil precisa ter um marco regulatório sobre biodiversidade com mais aderência à realidade e que seja exequível. Conforme ele, a biodiversidade é estratégica para a geração de riqueza. “O setor produtivo é o impulsionador para aproveitar esse cenário e gerar pesquisa, desenvolvimento e inovação a partir do uso e acesso dos recursos naturais”, disse. 

O evento, que se encerra nesta sexta-feira (9), reúne cerca de 150 representantes da indústria, do governo, da academia, de organismos internacionais e de organizações não governamentais do Brasil, Alemanha, Canadá, Inglaterra, Suíça e Índia. O objetivo é promover a troca de experiências e o diálogo da indústria com outros segmentos e divulgar boas práticas em negócios sustentáveis realizadas no mundo.

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