Na Finlândia, 50% dos estudantes optam pelo ensino técnico após concluir a educação obrigatória

Na avaliação da ministra da Educação do país isso ocorre porque a educação profissional oferece oportunidades para aprendizagem e desenvolvimento de competências para o trabalho e um caminho para o ensino superior

"Queremos construir um sistema de formação profissional flexível que responda da melhor maneira às necessidades do mundo do trabalho e permita às pessoas melhorar seu aprendizado ao longo da vida”

Na Finlândia, hoje, cerca de 50% do total de estudantes que termina a educação obrigatória escolhe o ensino técnico para continuar os estudos. Na avaliação da ministra da Educação do país, Sanni Grahn-Laasonen, isso ocorre porque a educação profissional oferece, ao mesmo tempo, oportunidades para aprendizagem e desenvolvimento de competências para o trabalho e um caminho para o ensino superior. Laasonen, que está em visita ao Brasil, junto com um grupo de empresários finlandeses, conversou na manhã desta quinta-feira (31) com gestores das áreas de educação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), do Serviço Social da Indústria (SESI) e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL).

A educação profissional na Finlândia não é definida pelo tempo de estudo no currículo, mas pelos resultados de aprendizagem. Queremos construir um sistema de formação profissional flexível que responda da melhor maneira às necessidades do mundo do trabalho e permita às pessoas melhorar seu aprendizado ao longo da vida”, revelou.

CONSTANTES MUDANÇAS – Segundo ela, os resultados que o sistema educacional finlandês tem alcançado nos principais processos de avaliação do mundo são fruto de uma junção de ideias locais e globais, de cultura e de história, aliada a uma visão de futuro. Com isso, o país persegue dois pilares fundamentais: qualidade e equidade. O primeiro se revela nas primeiras posições no Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (PISA) entre todos os países avaliados. Já a segunda – destacou – está no fato de os estudantes finlandeses registrarem a menor variação individual entre os alunos de todos os países participantes.

Apesar dos bons resultados, Laasonen reconheceu que, assim como os outros países, a Finlândia também enfrenta grandes desafios emergentes, entre os quais, destacou a digitalização, a destruição criativa de postos de trabalho e organizações, além da a crise financeira. “Os sistemas de ensino em todo o mundo estão mudando. E é importante que essas mudanças já respondam às necessidades do agora”, afirmou.

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