Ao som de Karina Buhr, 2ª edição do Night Lab aborda relação entre humanos e máquinas

Projeto é realizado toda primeira quinta-feira de cada mês, das 19h às 0h, somente para o público a partir de 18 anos. Ingressos já disponíveis na Sympla e na bilheteria física do SESI Lab

O museu 100% interativo, com um formato inovador em todo o país, vira cenário de uma experiência única

Parem as máquinas, façam poesia ou liguem as máquinas para fazer poesia? É com este convite provocador que a segunda edição do programa Night Lab será realizada na quinta-feira (4/5). Com o tema “Máquinas poéticas”, a noite de portas abertas no SESI Lab convidará o público a refletir e a explorar a relação entre humanos, máquinas, inteligência artificial e como isso interfere em nosso presente e futuro. A atração principal será a cantora baiana Karina Buhr, com abertura da artista brasiliense Meimei Bastos, do coletivo Slam da Quebrada.

Os ingressos para a segunda edição do Night Lab já estão disponíveis no Sympla e são limitados. A entrada custa R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) e pode ser garantida com antecedência. Cabe lembrar que a política de gratuidade está mantida, exceto para crianças, cuja entrada não será permitida.

Uma programação noturna com um mote bem definido: aproximação do público adulto a temas de arte, ciência e tecnologia com espaço para abordagem de assuntos que não cabem na programação infanto-juvenil. Tudo isso apresentado por meio de performances artísticas, rodas de conversa, apresentações de DJs e VJs, shows ao vivo com bandas, oficinas maker temáticas, ativações nos espaços expositivos e experiências de mixologia molecular (com a preparação de drinks especiais dentro das galerias).

A cantora Karina Buhr vai apresentar o show "Voz e Tambor" ao lado do guitarrista Regis Damasceno

O museu 100% interativo, com um formato inovador em todo o país, vira cenário de uma experiência única.


“O SESI Lab contempla o atendimento a diferentes faixas etárias com abordagens diferenciadas para cada segmento. E o Night Lab foi pensado com objetivo de oferecer a oportunidade de adultos desfrutarem de todas as exposições e experimentos do museu, em um contexto ainda mais atrativo para essa faixa etária”, explica o diretor de operações do SESI, Paulo Mól.


Com ineditismo nacional e edições mensais

A iniciativa é inspirada no programa After Dark, do Exploratorium, de São Francisco (EUA), com resultados expressivos na aproximação do adulto com a ciência. O Night Lab é a primeira experiência nessa linha realizada no Brasil. “Mais um marco para o SESI Lab  na busca da ampliação do repertório científico e cultural de seus visitantes, promovendo o debate sobre temas de interesse do público, sempre escolhidos de forma contextualizada e com olhares múltiplos”, ressalta a gerente-executiva de Cultura do SESI Lab, Claudia Ramalho.

A dinâmica é a seguinte: toda primeira quinta-feira do mês a programação de visitas do SESI Lab ocorrerá normalmente, das 9h às 14h. A partir deste horário o museu é fechado para organização das atividades noturnas e reabre às 19h somente para pessoas com mais de 18 anos, e fica aberto até as 0h. Isso mesmo que você entendeu, uma noite no museu todo mês!

A abertura será com a artista brasiliense Meimei Bastos, do coletivo Slam da Quebrada

Músicas selváticas à base de maracatu 

A cantora e compositora baiana Karina Buhr iniciou sua carreira como percussionista em Recife, em 1992, tocando nos maracatus Piaba de Ouro e Estrela Brilhante. A artista já tocou com DJ Dolores e Orchestra Santa Massa, Erasto Vasconcelos, Antônio Nóbrega, fez parte das bandas Eddie e Comadre Fulozinha e da companhia Teatro Oficina Uzyna Uzona. No trabalho solo lançou quatro álbuns autorais: "Eu menti pra você" (2010), "Longe de onde" (2011), "Selvática" (2015) e "Desmanche" (2019). No ano passado, publicou seu primeiro romance, “Mainá”, pela editora Todavia. 

No show “Voz e Tambor”, ao lado do guitarrista Regis Damasceno, Karina assume congas, alfaia, pandeiro, ganzá, triângulo, xequerê. De coco, ijexá e ciranda a punk rock, reggae e baladas, o repertório apresenta canções autorais e releituras de interpretações de Luiz Melodia, em “Sorri pra Bahia”, Reginaldo Rossi, em “Desterro” e Marcelo Santana, em “Pureza de Menino” (Marcelo Santana).

“Nesse formato a voz fica mais em evidência e se alternam momentos leves, com percussão cadenciada e outros mais pesados com alfaia agressiva e distorções nas cordas, sendo esse um ponto alto, a mistura de influências que transparece no repertório, arranjos e forma de cantar. Um dos destaques é “Selvática”, que na gravação original é um punk rock com baixo, bateria, duas guitarras, teclado e trompete e aqui ganha uma versão simples e dura, que exalta a letra destacando a poesia falada", comenta a artista.

Oficinas e ações educativas, partir das 19h30, nas galerias e nos espaços Maker e Bio Maker

Experiências inspiradoras e interativas

Nesta edição do Night Lab também serão promovidas oficinas e ações educativas, partir das 19h30, nas galerias, nos Espaço Maker e Bio Maker, bem como no hall do piso superior do museu. Já no Experimento Lab,  Rudá Babau e Aline Martinez conduzirão uma conversa poética para debater mimetismo e inteligência artificial. 

Confira detalhes da programação de oficinas e ações interativas:

Autômatos viventes

A oficina de criação de artefatos autômatos (máquinas que realizam movimentos determinados e repetitivos, como resposta a um estímulo mecânico) é uma oportunidade para os participantes explorarem a arte e engenharia mecânica e criarem seus próprios dispositivos. Durante a oficina, os participantes aprenderão como selecionar e combinar os componentes adequados, com base em modelos de engrenagens predefinidos. A partir da movimentação específica dos modelos, eles criarão a forma e estética do autômato, dando vida e representação aos movimentos mecânicos.
Local: Espaço Maker

Roda da vida - poesia em movimento

Os visitantes irão criar um aparato ótico chamado zootrópio, que remete ao princípio do cinema e promove a reflexão sobre a imagem estática em uma máquina que gera movimento, dando vida à imagem.
Local: Galeria Aprender Fazendo

Máscaras futuristas

Os participantes serão convidados a confeccionar máscaras futuristas como um aparato corporal, experimentando, a partir de perspectivas lúdicas e tecnológicas, uma noção imaginária do que se propõe ser um corpo ciborgue, biônico ou humano aumentado, tendo a obra Maria Biônica, de Vitor Widergrun, que integra a Galeria Imaginando Futuros, como disparadora da atividade.
Local: Galeria Imaginando Futuros

Arte giratória

A atividade propõe uma experimentação artística por meio do desenvolvimento de tintas para serem usadas por meio da técnica de arte giratória (spin art). Os participantes produzirão pigmentos a partir de elementos da natureza, e observarão a tinta desenvolvida no microscópio. 
Local: Espaço Biomaker

Caça-níquel poético

Nesta ação os participantes vão operar uma máquina semelhante a um caça-níquel, mas que gera frases poéticas. A ideia é que as pessoas consigam, em interação com a máquina, obter palavras aleatórias que irão, juntas, compor poemas originais.
Local: Hall piso superior

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