Da sala de aula para a prática: SESI Lab inicia visitas de grupos escolares

Para escolas públicas os encontros são gratuitos, para alunos e professores. Já para rede privada é cobrada meia entrada (R$ 10). Visitas organizadas mediante agendamento prévio

Estudantes de diferentes rede de ensino do DF conhecem o museu 100% interativo do Brasil

Em apenas quatro dias de estreia das visitas mediadas no SESI Lab, cerca de 400 alunos das redes de ensino pública e privada do Distrito Federal tiveram a oportunidade de aprender, na prática, princípios científicos antes observados somente pela ótica teórica. Com a missão de ser uma extensão da sala de aula de maneira lúdica e divertida, o museu 100% interativo recebeu turmas de estudantes de todas as idades em momentos de verdade simbiose entre fenômenos físicos, químicos e científicos, aliados a estímulos artísticos e reflexões sociais.

De terça a sexta-feira, o SESI Lab oferece visitas guiadas, de até 1h30 de duração para cada grupo, destinadas a escolas, organizações não governamentais, empresas e outros grupos que queiram vivenciar experiências inesquecíveis com ciência, tecnologia e arte.

 As visitas são organizadas mediante agendamento prévio e conduzidas pela equipe de educação do museu. Para escolas públicas os encontros são gratuitos, para alunos e professores. Já para rede privada é cobrada meia entrada (R$ 10).

Alunos do ensino médio do Centro Educacional (CED) 16 de Ceilândia têm a oportunidade de experimentar e explorar os aparatos do museu

Os temas das visitas são selecionados conforme o perfil do grupo, com abordagem customizada. Os interessados precisam preencher o formulário disponível no site. Após o preenchimento, a equipe responsável pelas ações educativas do museu entra em contato para identificar o objetivo da visita e marcar data e horário.

Inspirar futuros e construir elos interdisciplinares são alguns dos pilares que norteiam o programa educativo do SESI Lab. E, acima de tudo, estimular o interesse pela arte, ciência e inovação sem barreiras. A desafio tem dado certo. “Eles saem com algo tangível, sempre com uma oficina maker logo depois dos experimentos nos aparatos. E ter esse tipo de experiência é muito bacana, ter a oportunidade de aprender com equipamentos de ponta. É inspirador para pensar sobre o futuro também”, destacou a gerente-executiva da Cultura do SESI, Claudia Ramalho.

A experimentação também teve a participação de professores do colégio CED 16

Um museu acessível e com experiências para todos

A primeira visita mediada foi realizada na terça-feira (7) com alunos do Centro de Educacional (CED) 16, de Ceilândia. Ao menos 30 adolescentes de 16 e 17 anos, do 2º e 3º anos do Ensino Médio, passaram a tarde explorando os 100 aparatos permanentes do museu, mas com um tema pré-definido: DNA e diversidade.

Para Priscila Silveira, professora responsável pela ida do grupo ao SESI Lab, o fato da maioria dos estudantes morar no Sol Nascente e não ter fácil acesso a centros culturais e turísticos da cidade tornou a visita ainda mais emocionante. “Desde o ano passado os levo para conhecer os monumentos de Brasília e queria muito trazê-los ao Sesi Lab. É muito simbólico para esses meninos entenderem que esses espaços são deles, que eles têm direito de entrar e visitar, participar, falar”, destacou.

“Foi uma surpresa conhecer o museu. A parte que eu mais gostei foi aprender na prática – enquanto estavam explicando, nós fazíamos os experimentos. Achei interessante isso, não esperava que iria além da teoria”, comentou, com um sorriso largo na frequência de quem se abre para o novo, o estudante Eduardo Muzio, de 16 anos.

Eduardo teve a oportunidade de fazer experimentos e adquirir novos conhecimentos

O que queremos? Lideranças femininas!

Para celebrar o Dia Internacional das Mulheres, 8 de março, alunas da rede pública e moradoras da Estrutural foram presenteadas com uma visita educativa feita em conjunto com a Central Única das Favelas (Cufa), no DF. Cerca de 30 meninas, entre 8 e 14 anos, participaram do passeio que contou com um tour mediado pela equipe do museu, oficina maker e bate-papo com Tonika Sealy-Thompson, embaixadora de Barbados no Brasil.

De acordo com a embaixadora, ações que levam conhecimento e inspiram jovens mulheres em formação são fundamentais para a construção de um futuro melhor e inclusivo. “A liderança feminina é muito importante para o nosso futuro. Uma liderança que tenha acesso a informação, será uma liderança muito potente e cheia de empatia. Poder compartilhar a minha experiência e ver a inteligência que elas já têm é um presente. Iniciar o Dia Internacional das Mulheres com elas foi uma delícia, uma benção total. O que eu recebi aqui hoje foi muito mais do que eu entreguei, então, preciso seguir compartilhando o que me foi dado”, ressaltou Tonika.

A embaixadora Tonika Sealy-Thompson passou a manhã no museu com o alunas da rede pública da Estrutural

“Para a Cufa DF é uma grande alegria proporcionar experiências agregadoras, afirmativas e que gerem conhecimento prático e teórico para as jovens das quebradas de Brasília”, pontuou Bruno Kesseler, presidente da Cufa DF.

Uma experiência sensorial e inclusiva

Na manhã desta sexta-feira (10), foi a vez dos alunos da Associação das Obras Pavonianas de Assistência – CEAL/LP, instituição particular, mas sem fins lucrativos. Crianças entre 8 e 10 anos ficaram deslumbradas com aparatos que explicam os fenômenos naturais relacionados a ar e movimento, tema escolhido pela instituição.

Luciana Caetano, uma das professoras do CEAL que acompanhou o grupo, ficou impressionada com os estímulos sensoriais oferecidos, especialmente para o público com limitação auditiva. “Tenho certeza de que esses momentos ficarão para sempre na memória deles, pois eles conseguiram tocar e sentir sensações que vão muito além da fala”, ponderou. Pela reação da pequena Aylla Carvalho, de 8 anos, a aula valeu cada minuto. “Foi muito legal, eu não conhecia nada disso. A minha favorita foi a máquina de bolha”, elegeu.

Aylla é uma das alunas da Associação das Obras Pavonianas de Assistência que visitaram o SESI Lab

Deu vontade, né? Conheça as modalidades de visitas educativas

O SESI Lab conta com uma equipe de educadores para atender ao público escolar e outros parceiros. São oferecidas diversas modalidades de visitas, que podem ser customizadas. Conheça um pouco mais sobre cada uma:

- Formação de professores

Encontros periódicos, cursos e palestras para professores, para aprimorar habilidades que facilitem o aprendizado e inspirem seus alunos.

- Maker e Biomaker

Laboratório para atividades Maker e Biomaker oferece visitas, cursos e oficinas especializadas para toda a comunidade, por meio de agendamento, para desenvolvimento de projetos de tecnologia, educação e inovação, com orientação dos nossos educadores. Agende aqui.

Alunas e moradoras da estrutural visitaram o museu no dia 8 de março, em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres

Os programas educativos foram elaborados a partir de três premissas conceituais:

  • STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática) - Abordagem interdisciplinar, com foco em formar pessoas com diversos conhecimentos, desenvolver valores e preparar cidadão para os desafios do futuro.
  • CTSA (Ciência, Tecnologia, Sociedade e Meio Ambiente) - Processo educacional voltado à compreensão dos fenômenos naturais e do fazer crítico, visando ao desenvolvimento de cidadania crítica, científica e tecnologicamente alfabetizada, pautada por compromissos morais e éticos.
  • BNCC (Base Nacional Curricular Comum) - Normativo que valoriza a diversidade e o protagonismo, a preparação para o mundo do trabalho e a prática de cidadania consciente, além da compreensão de fundamentos científico-tecnológicos e processos produtivos.
Estudantes da Estrutural conseguirem ter contanto com experimentos e aparatos fixos do museu SESI Lab

Espaço inédito que conecta arte, ciência e tecnologia

No DNA do SESI Lab estão as tecnologias sociais e educacionais desenvolvidas há décadas pelo Serviço Social da Indústria (SESI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Diretamente conectados com as novas demandas e as rápidas mudanças do mundo para propor ações, colher ideias e valorizar a diversidade.

Cerca de 350 mil visitantes são esperados a cada ano, além de 85 mil estudantes e 3 mil professores que poderão participar de formações, conhecer as quatro galerias expositivas e participar de oficinas, cursos, atividades culturais e sessões de cinema. Por ano, serão cerca de 300 oficinas maker e biomaker, 120 ações culturais e 10 edições de sessões noturnas voltadas especialmente ao público acima dos 18 anos.

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