Em uma iniciativa conjunta do Serviço Social da Indústria do Distrito Federal (SESI/DF) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do DF (SENAI/DF), instrutores das duas instituições estão produzindo máscaras de proteção, conhecidas como face shield, em impressoras 3D.
Eles começaram a projetar e a testar a fabricação na segunda-feira (23), e a produção de fato começou na quinta (26).
A estimativa é de fabricar 200 equipamentos até o fim da próxima semana. As máscaras serão doadas ao sistema de saúde do Distrito Federal.
Em meio a pandemia de covid-19, doença provocada por infecção pelo novo coronavírus, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é fundamental para diminuir a propagação do vírus, especialmente para os profissionais de saúde.
A face shield é um protetor facial que cobre toda a frente e a lateral do rosto, de forma a proteger o usuário de doenças que possam ser transmitidas por substâncias corporais, como respingo de sangue, secreção corporal ou saliva.
Participam da força tarefa dois instrutores, que operam cinco impressoras 3D — três do SENAIDF e duas do SESI/DF — funcionando durante todo o dia no SenaiLab do SENAI Taguatinga (DF).
O material utilizado para fabricação das máscaras é o polímero poliácido láctico (PLA) para impressão da estrutura de fixação na cabeça e uma placa de policloreto de vinila, conhecido como PVC, do tipo acrílica, que é transparente.
Cada impressora demora 1h30min para fazer uma estrutura. Depois da impressão e do corte da placa de PVC, os profissionais demoram apenas 5 minutos para montar. Dessa forma, eles conseguem produzir até 25 máscaras por dia.
“Esta foi uma das formas que encontramos de o SESI e o SENAI/DF apoiarem a sociedade e a indústria, já que as fábricas terão dificuldades em atender a alta demanda de EPIs, tornando difícil o acesso às máscaras. Assim, o SESI e o SENAI estão se antecipando com medidas de apoio ao enfrentamento ao novo coronavírus”, explicou a gerente de Educação do SENAI/DF, Valéria Silva.
A orientação do Ministério da Saúde é de que os profissionais da saúde utilizem máscaras do tipo N95 durante o atendimento, não sendo necessário o uso da face shield. Porém, devido à grande demanda no mundo todo e pelo fato da N95 não ser reutilizável, está cada vez mais difícil encontrar esse tipo de máscara para compra no mercado.
Assim, a face shield pode colaborar na redução do risco dos trabalhadores durante o atendimento às pessoas contaminadas com o novo coronavírus.
A Indústria contra o coronavírus: vamos juntos superar essa crise
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