O Serviço Social da Indústria (SESI) apoia a campanha De Todo Coração, com o objetivo alertar a população, especialmente pacientes com risco ou doença cardiovascular, sobre a importância de manter a rotina de acompanhamento de saúde, mesmo durante a pandemia.
A iniciativa é do Instituto Coalizão Saúde (Icos) e da farmacêutica Boehringer Ingelheim, com apoio de diferentes entidades dos segmentos público, privado e terceiro setor. Para marcar o lançamento da campanha, as cantoras Zizi e Luiza Possi fizeram um vídeo explicando a importância do cuidado com o coração em todos os momentos da vida, fazendo um apelo para que as pessoas façam exames preventivos e não interrompam o tratamento sem orientação médica.
Além do engajamento das celebridades, a iniciativa também conta com mutirões de saúde para detecção de risco cardiovascular, seguindo todos os protocolos de segurança estabelecidos por entidades sanitárias. A primeira ação de testagem será realizada no Memorial da América Latina, em São Paulo, em 2 de setembro, das 10h às 16h.
Além da população em geral, a campanha também será voltada a profissionais de saúde, que receberão materiais de apoio para orientação dos pacientes sobre a importância da prevenção e do acompanhamento das doenças cardiovasculares e os cuidados de segurança relacionados à pandemia.
“A pandemia é um cenário sem precedentes na história da humanidade e, por isso, causa muita insegurança. Porém, precisamos prover informação de qualidade para que o cuidado com o coração continue, pois as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em nosso país e no mundo e elas não podem esperar”, explica Claudio Lottenberg, presidente do Instituto Coalizão Saúde.
“Algumas enfermidades, como diabetes tipo 2, podem ser assintomáticas e, por isso, exames preventivos para diagnóstico e tratamento são primordiais”, completa o médico.
Para o presidente da Boehringer Ingelheim no Brasil, Marc Hasson, a iniciativa reforça o propósito da companhia de contribuir para a saúde da população brasileira. “Colocamos as pessoas no centro de tudo o que fazemos, sempre pensando na promoção da saúde e do bem estar. Ao liderar esta campanha ao lado de tantos parceiros importantes, queremos contribuir para gerar impacto positivo para a saúde no Brasil”, afirma o executivo.
Mais informações sobre a campanha De Todo Coração estão disponíveis nas mídias sociais da Boehringer Ingelheim, do Instituto Coalizão Saúde, do SESI e dos demais parceiros.
Doenças crônicas durante a pandemia
A pandemia gerou insegurança nos pacientes com doenças crônicas, que deixaram de buscar ajuda médica. O medo de serem infectados pelo novo coronavírus fez com que muitos deixassem de lado o acompanhamento de doenças crônicas, o que pode ter agravado a situação clínica desses pacientes, causando redução nas hospitalizações e aumento na mortalidade.
Houve uma diminuição de 15% no número de internações por doença cardiovascular entre março e maio de 2020, comparado ao mesmo período do ano anterior. Já a taxa de mortalidade cresceu em 9% na comparação com o mesmo período.
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, tendo sido responsáveis por, aproximadamente, 17,6 milhões de óbitos em 2016. No Brasil, o cenário não é muito diferente. De acordo com o cardiômetro, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), ocorreram 1.100 mortes por dia desde o início de 2021.
Além disso, as doenças cardiovasculares estão entre as comorbidades que podem agravar a situação clínica dos pacientes, especialmente os mais idosos, que forem acometidas pelo vírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19. Entre as doenças cardiovasculares mais comuns está a insuficiência cardíaca, que ocorre quando o coração do paciente não tem força suficiente para bombear a quantidade necessária de sangue para o corpo.
Alguns dos sintomas são falta de ar, especialmente durante atividades físicas ou rotineiras como caminhar curtas distâncias, subir escadas, entre outros. A insuficiência cardíaca é uma doença progressiva que pode se manifestar em episódios agudos que levam ao agravamento dos sintomas e consequente internação6.
Não são apenas as doenças cardiovasculares que oferecem risco ao coração. O diabetes, por exemplo, que é tão comum, aumenta de duas a quatro vezes o risco de morte por doença cardiovascular, além de ser um fator de risco para o acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, insuficiência cardíaca, doença arterial obstrutiva periférica e doença microvascular. Estima-se que a doença acometa cerca de 16,8 milhões de brasileiros. Durante a pandemia, junto com as doenças cardiovasculares, o diabetes foi uma das comorbidades mais frequentes nos óbitos registrados por COVID-19.
Em meio a tudo isso, apesar do receio da infecção pelo novo coronavírus, os pacientes com doenças crônicas devem manter o acompanhamento periódico, mesmo que virtualmente. Por isso, a orientação é manter as consultas e exames em dia, e também não começar ou interromper qualquer medicamento sem orientação médica.