Ex-jogadores de futebol mantêm intimidade com a bola nos Jogos do SESI

Após encerrar carreira profissional no futebol, trabalhadores do Paraná e de Manaus vivem novamente a alegria de entrar em campo

Reginaldo já jogou fora do Brasil profissionalmente

Já pensou qual a sensação de viver profissionalmente em um esporte por toda a sua vida e depois ter de se aposentar? Como será que um ex-atleta consegue lidar com o adeus ao ritmo de competição? Para a dupla formada por Reginaldo Mafra e Erickson Ramires, a resposta foi a mesma: "Se mantendo bem para disputar os Jogos do SESI".

Natural do Paraná, Reginaldo, aos 41 anos, é pintor automotivo e trabalhador-atleta da Volvo (PR). Em Belém, estreando na etapa nacional dos Jogos do SESI, ele chegou a jogar até fora do Brasil profissionalmente e que um dos maiores alívios que teve na vida foi saber que teria condições de seguir no futebol, mesmo após a aposentadoria.

"Joguei durante seis anos profissionalmente. Eu era volante e comecei no Rio Branco (PR), fui para o Cianorte (PR) e cheguei ao Coritiba (PR). Depois tive uma passagem pelo El Salvador, da América Central, e voltei para o Brasil para encerrar a carreira. Minha sorte foi que minha estreia no mercado de trabalho foi na Volvo, que participa dos Jogos do SESI e, logo no primeiro ano de empresa, fui convidado para jogar. Desde então, passaram-se 15 anos e minha alegria é multiplicada a cada ano", diz.

Alegria que é refletida no trabalho: "A pessoa que gosta e pratica esporte é mais feliz, tem mais disposição e, quando se pratica esporte em uma estrutura alto nível como esta, a felicidade fica maior ainda, né?", completa.

Já para o manauara Erickson Ramires, do futebol de campo, os Jogos do SESI são a chance de dar continuidade em um sonho que chegou a virar frustração. Com apenas 26 anos, Ramires - como gosta de ser chamado - ingressou no futebol profissional, defendendo clubes como o São Caetano (SP) e o Marcílio Dias (SC), mas acabou se desiludindo com o esporte após sofrer com um empresário.

"Estava indo bem, só que um empresário que  tive acabou com a minha carreira. Resolvi deixar o futebol de lado e fui parar na Mitsuba (AM), como operador de máquina. Já estou trabalhando há quatro anos e, pelo o que aconteceu, eu poderia ficar triste e tudo mais, no entanto os Jogos do SESI reacenderam esta paixão pelo futebol. Hoje, eu jogo por gosto, por lazer", diz Ramires. Para ele, a sensação é de agradecimento. "Isto, sem dúvida, muda para melhor a vida de muita gente".

OS JOGOS - Mais de 1.200 atletas de 200 empresas de todo o país participam da 10ª edição dos Jogos Nacionais do SESI , em Belém. As provas, em dez modalidades, começaram na quarta-feira (10) e seguem até domingo no SESI Almirante Barroso, SESI Ananindeua e no Estádio Olímpico do Pará. Acompanhe todas as notícias sobre os Jogos Nacionais do SESI na página da competição . Acesse as fotos no Flickr !

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