Termina o Mundial de F1 in Schools! Equipe brasileira é uma das premiadas

O mundial aconteceu entre os dias 9 e 15 de julho. A equipe catarinense/irlandesa ganha destaque, como equipe colaborativa, na competição da Fórmula 1, em Silverstone, na Inglaterra

Premiação da equipe Volta Racing ocorreu nesta quinta-feira (14)

Os carros mais velozes do Brasil voltam de pistas internacionais com vitórias em mãos. No Mundial de F1 in Schools, evento promovido pela Fórmula 1 para jovens de 9 a 19 anos, a equipe Volta Racing, de Criciúma (SC) — e colaborativa com a Irlanda —, recebeu o prêmio de melhor colaboração internacional da competição. O mundial aconteceu em Silverstone, na Inglaterra, nesta quinta-feira (14). O anúncio da coroação foi transmitido ao vivo pelo Youtube do F1 in Schools.

Victor Bittencourt, 18 anos, integrante da Volta, acredita que a experiência de juntar duas equipes de diferentes culturas e realidades é algo que favoreceu o desempenho da equipe na competição. 


“Mais cedo ou mais tarde, a gente passa pelo choque de cultura na F1 in Schools. Por isso, as equipes colaborativas já estão mais preparadas para certos desafios. Nós trabalhamos juntos há meses e acredito que nunca evoluí tanto, especialmente na língua inglesa. Com certeza, isso foi um fator que nos ajudou muito na competição”, avaliou Victor.


A preparação da equipe não começou de um dia para o outro. Antes mesmo de se tornar a Volta, os alunos participaram do Festival de Robótica, dessa vez, como a equipe Alpha (SC). Na competição nacional, eles conseguiram entender ainda mais a importância do foco e da preparação nos treinos. 

Para a competição, os meninos tinham rotinas semanais e tudo foi feito totalmente à distância, desde a época dos festivais. Por isso, lidar com a distância, com a equipe da Irlanda, não foi um grande desafio para a Volta. “Desde o primeiro momento, tivemos uma sinergia muito boa com os irlandeses. Formamos um bom time e sabíamos que seria uma boa parceria.”, declara Victor. 

O prêmio de melhor colaboração internacional na F1 in Schools, projeto educacional da Fórmula 1 para estimular o aprendizado STEAM, ficou com estudantes do Brasil e da Irlanda

Motivação e foco abrem caminhos velozes!

O técnico responsável pela equipe é o Cleber José Júnior, 43 anos, e, além da Volta, ele também era o responsável pela equipe Spark (SC). Com muito orgulhos dos alunos, ele fala que o prêmio veio como uma coroação para os quatro anos de muita batalha e dedicação dos alunos.  


“Eles conseguiram trabalhar mesmo a distância, com fuso horário diferente, e entregar um trabalho de excelência. Foram muito elogiados pela identidade visual do time, pelo trabalho em equipe, pela entrega do carro… ficamos muito contentes com os resultados”, comemorou o técnico.


Como técnico de duas equipes, a equipe Spark também demonstrou uma ótima performance na competição. O carro desenvolvido pelo time ficou entre os 15 mais velozes do mundo. O automotivo, apelidado de Paparounis em homenagem a um ex-mentor da equipe, tem um estudo muito focado nas asas traseiras e frontais, por meio de um delineamento frontal. Nas pistas, a miniatura alcançou 72 km/h e obteve o 13° melhor desempenho entre os 53 carros que participaram da disputa.

“A equipe Spark entregou um material extremamente profissional. Por isso, ouvimos muitos elogios dos juízes, do staff, da organização. Eles disseram que era um material de muita qualidade, de muito profissionalismo. Isso nos deixou muito contente”, lembrou Cleber.

Pedro (à esquerda) foi indicado para o consul nacional, uma oportunidade de crescimento profissional

 E, como forma de reconhecimento, os alunos foram convidados a gravar um vídeo para o próprio F1 in Schools sobre gerenciamento de projetos. Cleber explicou que o organizador do evento, Nelson Vale, apresentou a CEO internacional do PMI (Project Management Institute), Ashley, e mostrou Pedro Lage, 19 anos, líder da Spark, como o destaque nesta área.” 

Em seguida, Ashley indicou o estudante para o consul nacional. Com essa oportunidade, Pedro pode virar, quem sabe, um estudante do PMI no Brasil e, quiçá, embaixador do instituto no território brasileiro. O técnico, cheio de orgulho falou que esse tipo de reconhecimento é uma coisa incrível para os alunos e para Pedro, em específico, vai ser um passo a mais em direção aos seus sonhos. “Ele se destacou bem e gostou muito de trabalhar na área de gerenciador de projetos”, comentou Cléber.

Outros destaques da competição!

Além dos times de Santa Catarina, a SwordFish, de Vitória da Conquista (BA), e a Pocadores Racing Team, de Vitória (ES), também estavam em Silverstone representando o Brasil. A classificação final delas, entre as 54 equipes, foi a seguinte:

  • 18º - Pocadores Racing Team (690 pontos)
  • 23º - Spark SESI/SENAI SC (634,6 pontos)
  • 29º - Volta Racing (616,3 pontos)
  • 31º - SwordFish (597,1 pontos)

F1 in Schools muda a vida dos estudantes!

Muito mais que uma competição, o F1 in Schools traz lições maravilhosas para os alunos. Gabriel de Paula, 17 anos, integrante da SwordFish (BA), explica que, com as competições, começou a ter um novo olhar para as coisas. “Eu amadureci muito no processo e vi todos meus colegas de time também passarem por isso. O F1 te ensina a ter responsabilidade, foco e, principalmente, muito profissionalismo”, conta Gabriel.

Time SwordFish formada por Gabriel de Paula (à esquerda(, Gabriela Lemos e Ian Kaled (à direita)

O representante da F1 in Schools Brasil, Waldemar Battaglia, acredita que, nas próximas edições, o Brasil terá resultados ainda melhores e parabenizou os campeões, a equipe Hydron, da Austrália.


“Precisaremos elevar bastante o nível das capacitações, entregar algumas ferramentas de controle que normalmente são desenvolvidas pelas equipes e, ao longo do tempo, criar uma cultura nos alunos e escolas voltadas a desafios como participar de uma final mundial do F1 in Schools. Acho que a Austrália conseguiu e fez por merecer o título e muito em breve estaremos entre os primeiros colocados.”, declarou Waldemar. 


Quer saber quais eram os sentimentos e expectativas das equipes antes do mundial? Confira a matéria: Corrida contra o tempo! Equipes brasileiras competirão no mundial do F1 in Schools.

Conheça mais sobre o mundo do F1 in Schools

Desde 2019, o SESI promove os torneios da categoria F1 in Schools no país, junto à Associação Projetando o Futuro (APF). A competição faz parte de um projeto internacional realizado pela Fórmula 1. Ela é voltada para estudantes de 9 a 19 anos, que são responsáveis por criar desde a escuderia até o carro da equipe que vai correr nas pistas. Para mais informações, acompanhe o site do F1 in Schools Stem Challenge.

Relacionadas

Leia mais

Robótica: Conheça a categoria F1 in Schools
Corrida contra o tempo! Equipes brasileiras competirão no mundial do F1 in Schools
Dedinhos nervosos! Aluna do SESI bate recorde de tempo de reação na F1 in Schools

Comentários