Começar algo novo é emocionante e desafiador. Pode ser um idioma diferente, esportes, jogos e muito mais. O potencial de crescimento e desenvolvimento são grandes, mas nada acontece do dia para a noite. Afinal, até para andar é preciso engatinhar primeiro.

O reconhecimento do esforço realizado para alcançar novos níveis pode servir como incentivo para continuar se aperfeiçoando, seja uma nota alta em uma prova ou até a comemoração após os primeiros passos.

Com isso em mente, a modalidade FIRST Robotics Competition (FRC) criou prêmios dedicados às equipes que estão em seu primeiro ano desta competição de robótica, os rookies (novatos, em inglês). São eles: Rookie All-Star e Rookie Inspiration.

A primeira competição a gente nunca esquece

No Brasil também temos novatos! No último semestre de 2021, o Serviço Social da Indústria (SESI) realizou o primeiro torneio off-season de FRC. O evento contou com a participação de 23 equipes de escolas públicas, privadas e da rede SESI, que concorreram a 24 prêmios e ao título de Aliança Vencedora nas disputas em arena.

A equipe Infinity BR, do SESI Vila Canaã (GO), não deu espaço para ninguém. Os jovens levaram para casa o primeiro lugar do prêmio Rookie All-Star e o Rookie Game Charger, categoria especial criada pela FIRST para a temporada Infinite Recharge, que celebra o grande sucesso da equipe.

O torneio off season de FRC foi a primeira competição que a equipe Infinity BR participou

Os competidores já têm experiência com as competições de robótica, com a participação assídua na categoria FIRST Tech Challenge (FTC), que resultou nos títulos de tricampeão brasileiro e campeão mundial da Geartech Canaã.

De acordo com o programador da Infinity BR, Miguel de Sousa Ramos, de 17 anos, a ideia de criar uma equipe de FRC já existia enquanto estava na Geartech Canaã, mas os competidores só colocaram isso em prática quando souberam que o SESI realizaria o primeiro torneio de FRC no Brasil.

“Ainda não tínhamos nenhum material para apresentar no torneio e, por sermos pioneiros na FRC no estado de Goiás, tivemos que aprender e construir tudo do zero, sendo um trabalho muito árduo e minucioso” relembra. “Ficamos muito felizes por ver que todo nosso esforço ao longo do tempo foi reconhecido”.

Para a promoter da equipe Erica Siqueira de Oliveira, de 14 anos, receber os prêmios Rookie teve a sensação de dever cumprido.

“Saber que no nosso primeiro ano como uma equipe de FRC nos trouxe tantos resultados positivos é muito animador e incentivador. Esse prêmio reconhece cada minuto de trabalho árduo, cada pequena conquista, cada pessoa alcançada pela robótica e cada avanço que tivemos durante a temporada. Isso é extremamente importante para nós, esse reconhecimento nos incentiva a buscar cada vez mais e mais” a jovem afirma.

Além dos prêmios Rookie, a Infinity BR também fez parte da Aliança Finalista, em conjunto com a SteamPunk Monkey, do SESI Curitiba CIC (PR). Ao longo das etapas classificatórias e eliminatórias, também conhecidas como playoffs, os competidores disputaram a maior pontuação nas arenas ao realizar uma série de atividades.

Mas o trabalho não para por aí! Miguel e Erica contam que a Infinity BR está com diversos planos para o futuro da equipe e as competições.

“Estamos com planos de participar do regional oficial da FIRST, e estamos trabalhando para que este objetivo seja cumprido. E é claro, esperamos que os próximos resultados e premiações sejam tão bons quanto o OFF Season 2021”, explica Erica.

“Somos uma versão melhor da equipe a cada competição, estamos sempre em constante aprendizado e superação. Para as próximas, planejamos continuar fazendo um trabalho excepcional, sempre indo além do esperado” Miguel completa.

Olimpíada de robôs

Destinada para estudantes do ensino médio, dos 14 aos 18 anos, a FRC é a modalidade que se aproxima ao mundo real da engenharia. Os jovens formam equipes de 15 a 20 pessoas, em média, e são orientados por 2 ou mais mentores adultos – que devem ter experiência técnica e não técnica.

Os competidores projetam, constroem e programam robôs semiautomáticos de porte industrial – com até 55kg e 1,5 metro de altura – a partir de um kit de peças que, geralmente, são doadas por indústrias de diversos segmentos.

Também conhecida como a olimpíada de robôs, a competição ainda desafia os estudantes a conseguir financiamento, desenvolver uma marca e realizar alguma iniciativa relacionada à ciência e tecnologia junto à comunidade.

Os robotiquers estão nas redes

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