Transbordando emoções e muita diversão, os torneios regionais de robótica chegaram ao fim. Agora, as equipes classificadas vão se preparar para o Festival SESI de Robótica, que será em São Paulo, de 6 a 8 de março.
Em Contagem (MG), as seis equipes classificadas foram: Atombot, do Serviço Social da Indústria (SESI) São João Del Rei; Athena, do Instituto Federal de Minas Gerais; Delta, do SESI São João Nepomuceno; LEGO Bros, do SESI São Gonçalo de Sapucaí; Superação, do SESI Alvimar Carneiro de Rezende; e Turma do Bob, SESI de Governador Valadares.
O tema da temporada 2019/2020 é City Shaper (cidades inteligentes e sustentáveis) e a criançada deu uma aula sobre assuntos como infraestrutura, saúde e acessibilidade com os projetos de inovação.
O pessoal da LEGO Bros, por exemplo, acredita que a arquitetura de terra – método em que os recursos utilizados nas construções são gerados na própria região – é a melhor saída para democratizar o acesso a moradias e reduzir o impacto e o descarte de resíduos. A ideia deles é um tijolo criado com técnicas de pau a pique e fibras, além de um encaixe macho e fêmea feito com bambu.
“Ir na loja e comprar um tijolo é muito mais rápido que fazer um do zero, mas ainda existem pessoas que se importam muito com a sustentabilidade. A gente tem tanto material na natureza. Discutir soluções como essa é de extrema necessidade”, explica a técnica da equipe, Rafaella Paiva Azzi.
Nos demais desafios do torneio de robótica, a equipe Turma do Bob foi o grande destaque. Os estudantes levaram para casa três troféus: o prêmio Desempenho do Robô, de Programação na Categoria Design do Robô e ainda a Categoria Desafio do Robô. Além disso, eles também foram os responsáveis pelo recorde nacional das etapas regionais desta temporada, ao atingir 565 pontos na final do Desafio do Robô.
O superintendente do SESI/MG, Cristiano Leal, define o torneio como uma grande oportunidade. "Aqui, a gente está incentivando a criatividade e a resolução de problemas, para que lá na frente, eles se adaptem melhor às mudanças e exerçam os conhecimentos obtidos aqui nas empresas e na indústria", comenta Cristiano, que destacou, na abertura do evento, que os jovens poderiam dar uma aula para os adultos e órgãos públicos.
Jovens criam opções para evitar alagamentos e enchentes
Para solucionar problemas causados pelas chuvas como os que vimos recentemente em cidades de Minas Gerais e São Paulo, os estudantes da equipe Superação criaram um sistema tecnológico capaz de detectar alagamentos e deslizamentos de terra. O Metron, como foi nomeado pelos jovens, é um aplicativo que monitora em tempo real a cidade, com foco em áreas de risco, por meio de sensores posicionados estrategicamente.
Todas as leituras feitas pelos sensores são enviadas para a Defesa Civil e, caso a população corra algum risco, o aplicativo vai emitir uma mensagem com o aviso de evacuação, para que os responsáveis tomem providências a tempo de evitar danos maiores.
De Ubá (MG), a equipe LEGOFORMERS também pensou numa solução para que as pessoas não percam as casas. Eles viram que muitas residências estão abaixo do nível do asfalto e, quando chove muito, o esgoto transborda e invade as casas. Para resolver o problema, os jovens criaram um mecanismo com arduínos que remaneja a água de um tanque para outros, com a finalidade de não deixar rejeitos nas ruas.
Apesar de não terem se classificado, os integrantes garantem que se divertiram e aprenderam bastante na competição. "Foi a minha primeira vez e foi surreal. É uma sensação muito boa, conheci equipes muito legais. Foi uma grande troca de experiência”, conta a integrante do time Maísa Antônia, 12 anos.
Equipes de garagem também esbanjaram dedicação
Diretamente do Lar Frei Arnaldo de Votuporanga (SP), o time R2DBOTS apresentou uma solução tecnológica para os desconfortos causados pelo uso constante de ar-condicionado em locais fechados. "Nós projetamos um umidificador que mede, em tempo real, a umidade do ambiente e se indicado que está inferior a 60% - número indicado pela OMS - o aparelho é ativado. Além disso, ele utiliza a mesma água que foi retirada pelo ar-condicionado, pois são conectados" explica o técnico da equipe e educador social, Emanuel Guilherme, 19 anos.
A equipe é composta por jovens de várias escolas da cidade, que se reuníam no Lar aos finais de semana e nas férias, para treinar para o torneio regional de robótica. Eles conquistaram o prêmio não-oficial "Contra todas as adversidades".
Mais equipes se classificaram nos torneios de outros estados
Durante a fase regional, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, as classificadas foram, respectivamente, as equipes FrancoDroid, da Escola Liceu Franco Brasileiro (RJ); Fênix Robots Furious, do SESI São Gonçalo (RJ); Lego Masters, da Associação Beneficente Comunitária Olhar de Laura (SP); INSP Robots, do Instituto Nossa Senhora da Piedade (RJ); e Wild Lions, do SESI Nova Iguaçu (RJ).
Ao todo, 100 equipes de todo o Brasil foram selecionadas para irem para São Paulo, nos dias 6, 7 e 8 de março. De lá, sairão as equipes que representarão o Brasil no torneio mundial, nos Estados Unidos.
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