A grande final: os momentos inesquecíveis do último dia do Festival SESI de Educação

O 7º Festival SESI de Educação chegou ao fim da melhor forma possível: com emoção, orgulho e um clima de celebração pelo que foi vivido

Tudo o que é bom tem um fim, e a etapa nacional dos torneios de robótica não poderia ser diferente. Entre os dias 12 e 15 de março, o Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília, foi palco de uma verdadeira festa da inovação e do trabalho em equipe. O evento reuniu mais de 2,2 mil competidores e atraiu mais de 25 mil visitantes, além dos inúmeros profissionais que tornam a robótica uma realidade. Se o festival pudesse ser resumido em duas palavras, seriam: união e sucesso.   

O espírito da competição: muito mais que um torneio 

Cada modalidade proporcionou experiências únicas para quem acompanhou os desafios de perto:   

  • Na FIRST LEGO League Challenge (FLLC), o público certamente ouviu a famosa dança da galinha ecoando pelo evento – uma tradição que anima a torcida e fortalece a comunidade da categoria;  

  • Na F1 in Schools, os olhos tiveram que piscar rápido para não perder de vista os carrinhos, que atingiram velocidades impressionantes;  

  • Já na FIRST Tech Challenge (FTC) e na FIRST Robotics Competition (FRC), o ambiente era de intensa movimentação: alunos concentrados em suas oficinas, ajustando cada detalhe dos robôs com um domínio impressionante sobre programação, engenharia e automação.   

Nas arenas, os apitos dos juízes, as vibrações das equipes e os gritos de guerra deram o tom da competição. Esse é o verdadeiro espírito da robótica. 

Robótica também é cultura: confira os PITS dos estudantes   

Quando falamos que, na robótica, os alunos não pensam só em robôs, temos uma prova disso: a cada etapa das competições, as equipes recebem um espaço próprio, chamado de PIT. Lá, eles precisam ser criativos e inovadores para montar, do zero, um local para receber juízes, visitantes e outras equipes. E, sim, isso vale ponto!   

Os PITS são cada vez mais criativos e refletem a cultura e a identidade de cada equipe. Na FIRST LEGO League Challenge (FLLC), por exemplo, a equipe Chronos (BA) trouxe pulseiras do Bonfim e tinta branca para reproduzir a tradicional pintura do Olodum. Quem topava se pintar era recebido com alegria por outras equipes baianas, como o time conterrâno NASA, que saudava os visitantes com um grito de guerra na batida do Olodum.   

Já a equipe indígena JurunaBots oferecia não só troca de conhecimento ancestral, mas também pinturas tradicionais da aldeia. Em outros PITS, era possível ganhar café, pulseiras, relógios, brincos e muito mais. O espaço é um ambiente de troca, onde a cultura e a criatividade se destacam tanto quanto a competição.   

Além do desempenho nas partidas, as equipes também são avaliadas pelos PITS. E, como sempre, deram um show de criatividade na decoração dos estandes: balões, luzes de LED e até cabanas fizeram parte do festival.   

Experts em robô e decoração de PIT? 

A equipe New XP, de Fortaleza (CE), trouxe um PIT inspirado em sua identidade visual. "A montagem veio das nossas ideias do regional, que evoluímos para o nacional. O guarda-chuva simboliza os raios da nossa equipe e foi inspirado em referências do Pinterest. O algodão representa as nuvens e a chuva, enquanto as luzes piscantes simulam os raios", explicou Sofia Rodrigues, 13 anos.   

O PIT também contou com um cubo de botons, pensado para interação com outras equipes. Além disso, todos os integrantes usavam capas de chuva, para coletar assinaturas de pessoas com quem interagiram ao longo do campeonato.

Já a equipe do Pará, PARATECH, buscou inspiração na cultura amazônica para montar seu espaço. "No início, não sabíamos exatamente o que queríamos, porque era nossa primeira vez na etapa nacional. Então, decidimos visitar um mercado em Belém para encontrar materiais", contou a integrante Íris Brito, 13 anos.   

Foi assim que surgiu a ideia de utilizar miriti, uma madeira leve e tradicional da Amazônia, usada na confecção de barquinhos artesanais durante o Círio de Nazaré. "Pensamos: se estamos falando de sustentabilidade e pescadores no nosso projeto, por que não trazer essa regionalidade para o nosso PIT? Decidimos montar uma casa inspirada nas construções de madeira da nossa região e utilizar o miriti na estrutura."   

Apesar da tensão e da correria para finalizar a montagem, o esforço valeu a pena. "Nossa equipe foi a última a terminar, mas conseguimos dividir bem as tarefas e chegamos ao nosso resultado final!", comemorou a estudante.   

Os PITS são muito mais do que um espaço físico – são um reflexo da criatividade, da cultura e da identidade das equipes. Um verdadeiro espetáculo dentro do festival de robótica! 

SESI Lab teve média de 400 visitantes por dia 

Quem teve oportunidade de vir ao festival, também pode conhecer o SESI Lab Itinerante. O projeto faz parte do museu 100% interativo e trouxe para o evento dez aparatos da sua galeria, além de promover oficinas educacionais para o público. O espaço teve em média 400 visitantes por dia. 

Adelyany Dos Santos foi uma dessas visitantes. Ela estava com suas duas filhas, de 7 e 11 anos, participando das oficinas. A mãe viu a divulgação do evento por meio do Instagram. 

“Viemos ontem, elas gostaram muito, conheceram um pouquinho de tudo, mas as oficinas já estavam encerradas, por conta do horário. Então, estamos aqui de novo para aproveitar esse momento”, ressalta. 

Para o festival foram promovidas três oficinas conectadas ao mundo da robótica: broche luminoso, carrinho elétrico e inseto que treme. A primeira fez sucesso entre os competidores, pela tradição dos botons.  

“É muito legal que o participante que nunca teve contato com eletrônica, por exemplo, com esse mundo tecnológico, consegue experimentar todas essas etapas de construção e levar para casa algo que ele mesmo construiu”, explica Matheus Velloso, supervisor da equipe educativa do SESI Lab Itinerante. 

A maior equipe do Festival de Robótica 

A 5800 Magic Island, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC), foi a maior do festival desse ano. Contando com competidores, mentores e técnicos, eles vieram à Brasília com um time de 32 pessoas e ainda faltou uma galera, viu? Porque, no geral, a equipe é formada por 43 integrantes. 

Helena Gonçalves, 18 anos, faz parte da Gestão Competitiva do time que compete pela modalidade da FRC. Segundo ela, a grandeza da equipe, que recebe, pelo menos, dez novos integrantes a cada ano, requer muito comprometimento para entregar bons resultados dentro e fora das arenas. 

“Por conta do tamanho da equipe, é muita responsabilidade e nos cobramos muito para apresentar um bom trabalho, isso traz um peso na arena. É lindo ver quando nos reunimos nas arquibancadas e formamos uma mancha azul, como se fosse o mar, por causa da cor da camisa”, declara. 

Detalhe, até uma semana atrás, o time catarinense não sabia como viria para o festival, estava sem verba para transporte. Aos 45 minutos do segundo tempo, eles conseguiram, junto com a IFSC, um ônibus fretado para trazê-los. 

“É bem burocrático conseguir transporte pelo instituto. Não são todos os nossos alunos que conseguem vir de avião, por exemplo, porque não há verba para competição em si”, destaca Helena. 

No fim, deu tudo certo! E não só vieram ao festival, como fizeram história, sendo a maior equipe do nacional. 

Confira as fotos do Festival SESI de Educação!

Os melhores momentos do evento já estão disponíveis no nosso álbum no Flickr. Acompanhe as montagens dos robôs, os desafios das equipes e toda a energia da competição!  

Acesse agora e veja de perto a inovação e a criatividade dos estudantes.

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