A missão é organizada em parceria com o Ministério das Relações Exteriores e com a Confederação Nacional da Indústria (CNI)
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos ( Apex-Brasil ) promove, desde a última terça-feira (11) até o dia 18 de outubro, a Missão Empresarial à Índia nas cidades de Nova Deli e Mumbai. A Missão conta com uma série de iniciativas de promoção de negócios e atração de investimentos e é composta por duas etapas: a participação na BRICS Trade Fair, em Nova Deli, e a Rodada de Negócios em Mumbai.
A BRICS Trade Fair ocorre de forma paralela à VIII Cúpula dos BRICS, grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Este é o primeiro ano de realização do evento, que deverá contar com delegações de todos os países integrantes do grupo. Além de estandes para apresentação de produtos e serviços de cada país, serão realizadas rodadas de negócios e fóruns de discussão e também haverá um espaço para aproximação dos países com potenciais investidores. O tema do evento é “Building BRICS: Innovation for Collaboration”.
A Apex-Brasil leva para o estande brasileiro 11 empresas e representantes de câmaras de comércio e associações setoriais. Os participantes integram os setores de alimentos e bebidas, casa e construção, máquinas e equipamentos, tecnologia e saúde, TI e moda (couro).
“Além das ações de promoção de negócios junto ao mercado indiano, nossos empresários terão durante a Missão uma oportunidade única para negociar e debater temas de interesse com as demais delegações de países que compõe o bloco econômico”, avalia Rafael Prado, coordenador de Promoção de Negócios da Agência.
No espaço para aproximação entre as agências de promoção de investimento dos cinco países do bloco e potenciais investidores estrangeiros, técnicos da Apex-Brasil atenderão aos interessados e fornecerão informações sobre como investir no Brasil. A organização da BRICS Trade Fair prevê que participem executivos de setores considerados prioritários pela Apex-Brasil, como agronegócio, automotivo e autopeças, energia verde, saúde e farmacêutico.
“Esta será uma excelente oportunidade para prospecção de investidores para o Brasil, em especial os de origem indiana e chinesa. Os investidores chineses, por exemplo, possuem grande interesse nos setores de infraestrutura, agronegócio e automotivo, enquanto os indianos estão prospectando oportunidades especialmente nas áreas de tecnologia da informação e saúde”, comenta Maria Luísa Cravo Wittenberg, gerente de Investimentos da Apex-Brasil.
Já a rodada de negócios em Mumbai, principal centro industrial e comercial da Índia, consiste em um dia de encontros pré-agendados entre os empresários brasileiros e compradores indianos selecionados pela Agência e pelo Setor de Promoção Comercial do Consulado de Mumbai, em parceria com o WTC (World Trade Center) local.
PARCERIAS - A Missão Empresarial à Índia é organizada pela Apex-Brasil em parceria com o Ministério das Relações Exteriores, com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e com entidades representativas dos setores participantes. “Estas parcerias nos possibilitaram desenvolver uma agenda robusta que envolve seminários para investidores, fóruns de discussão, exposição na feira, ações de relacionamento, rodadas de negócios, visitas técnicas, entre outras”, conclui Rafael Prado.
OPORTUNIDADES - A Índia é um dos países-alvo do Plano Nacional de Exportações 2015-2018. O país importou, em 2014, US$ 459,37 bilhões. A participação do Brasil nas compras globais da Índia ainda é pequena, correspondendo a 1,21% do total. O Brasil exportou para a Índia, em 2015, US$ 3,2 bilhões, dos quais US$ 2,08 bilhões foram provenientes da indústria de transformação. Atualmente, 1314 empresas brasileiras vendem para o país.
Estudo realizado pela Apex-Brasil indica que há oportunidades para abertura de mercado na Índia nos setores de alimentos e bebidas – com destaque para café, carnes, chá mate, frutas, cacau e produtos de confeitaria - em casa e construção (madeiras), em máquinas e equipamentos (veículos e autopeças) e em produtos minerais e químicos.
O setor de couro já exporta para o país e há grande espaço para consolidação da presença brasileira. Os couros brasileiros respondem hoje por 3,13% do total adquirido pela Índia e o mercado não explorado (valor que a Índia importa de outros países) corresponde a US$ 689 milhões.
