Dirigentes de 35 das maiores empresas exportadoras no Brasil integram o Fórum de Competitividade das Exportações (FCE). A primeira reunião do grupo, coordenado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) , ocorreu na sexta-feira (4), em São Paulo. O Fórum identificará os entraves e buscará soluções para elevar as exportações brasileiras, sobretudo as de produtos manufaturados. Também formulará propostas para a reforma da política comercial e acompanhará a implementação do Plano Nacional de Exportações e de outras medidas do governo voltadas ao comércio exterior. O presidente da GE do Brasil, Gilberto Peralta, é o presidente do Fórum.
Na avaliação da CNI, as soluções estruturais para a política de comércio exterior são necessárias para dar competitividade às exportações. A valorização do dólar frente ao real favoreceu as exportações. Mas o dólar alto onera as importações de insumos de muitas empresas e encarece o produto a ser exportado.
Entre as medidas necessárias para o Brasil aumentar a participação no mercado internacional, estão a solução dos gargalos logísticos, a desoneração total das exportações, a ampliação de nossa rede de acordos comerciais e o aperfeiçoamento das linhas de financiamento para o comércio exterior, resume o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi. Segundo ele, os participantes do Fórum apontarão as prioridades e definirão as propostas que serão encaminhadas ao governo para facilitar as exportações.
A CNI destaca que as exportações são o caminho para o Brasil superar a crise e voltar a crescer. Mas as vendas externas, especialmente de produtos manufaturados, apresentam sucessivas quedas nos últimos cinco anos e o Brasil vem perdendo espaços importantes no mercado internacional. No ano passado, as exportações de manufaturados somaram US$ 72,8 bilhões, o menor valor desde 2009, quando, sob o impacto da crise financeira internacional, as vendas externas de manufaturados recuaram para US$ 67,3 bilhões. A participação do Brasil nas exportações mundiais caiu de 1,43% em 2011 para 1,22% em 2014.