Portal Único reduzirá em US$ 22,8 bilhões o custo com comércio exterior, avalia CNI

A segunda etapa do Portal Único de Comércio Exterior é um passo essencial na redução do tempo e dos custos de exportação e importação

O lançamento da segunda etapa do Portal foi realizado na sede da CNI, em Brasília

A segunda etapa do Portal Único de Comércio Exterior é um passo essencial na redução do tempo e dos custos de exportação e importação. A avaliação é do diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI) , Carlos Abijaodi. O lançamento feito pelo Ministério do Desenvolvimento de Indústria e Comércio Exterior ( MDIC ) e pela Receita Federal do Brasil, na sede da CNI, em Brasília, é resultado da parceria entre governo e setor privado para avançar na agenda de facilitação de comércio.
“Percebemos um grande engajamento da Receita, do MDIC e dos demais órgãos anuentes. Para a indústria brasileira, a agenda de facilitação do Comércio Exterior é essencial para retomar a competitividade”, diz Carlos Abijaodi.

Estudo da CNI, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas ( FGV ), aponta que os atrasos nas aduanas brasileiras representa um custo adicional de 13,04% às exportações brasileiras. Nos Estados Unidos, as perdas dos exportadores com as mercadorias paradas no despacho são de 5,05%, na Coreia, 7,17%, na Alemanha, 7,45%, no México 11,30% e na vizinha Argentina 11,63%. Com o Portal Único, completamente implementado em 2017, o esse custo cairá para 8,02% conforme previsão da CNI, se aproximando do gasto extra pago pelos alemães.

A expectativa da indústria é de que as medidas de simplificação e racionalização das inspeções aduaneiras, a integração dos processos e das informações das 27 autoridades públicas envolvidas no comércio exterior vão elevar em 8% as exportações de produtos industrializados já em 2017. Esse aumento contribuirá para melhorar o desempenho das exportações brasileiras de bens industrializados, hoje com déficit crescente superior a US$ 105 bilhões e reduzir a dependência dos preços internacionais das commodities na busca pelo superávit comercial. Essa percentual subirá para 14,36% em 2030.

Além disso, a CNI calcula um incremento de US$ 23,8 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) em 2017, o que representa um adicional 1,19%, e a corrente de comércio aumentaria US$ 36,18 bilhões.

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