Juízes do Torneio de Robótica se preparam para a próxima temporada

Ao todo, 160 voluntários de 10 estados participaram de capacitação em Brasília para avaliar a disputa do Torneio de Robótica FIRST LEGO League

Os juízes participaram de oficinas nas quatro provas do Torneio

Se entre as equipes que vão participar do Torneio de Robótica FIRST LEGO League o ritmo é de treinamento para garantir um lugar no pódio, quem vai avaliar a disputa também está em fase de preparação. Juízes de 10 estados, que vão atuar no torneio, participaram de capacitação em Brasília. Ao todo, 160 voluntários fizeram oficinas sobre as provas de desafio e design de robô, core values e projeto de pesquisa.

Gabriel, Ana e Marcos no desafio do robô

A engenheira mecatrônica da Rockwell Automation Ana Siqueira avalia os projetos de pesquisa apresentados no torneio. Ela explica que a capacitação serve para que todos os juízes trabalhem com o mesmo nível de conhecimento. “Somos profissionais diferentes, mas todos temos de começar do mesmo ponto. Precisamos ter esse equilíbrio para evitar qualquer tipo de favorecimento. E depois daqui continuaremos falando uns com os outros pela internet pra deixar tudo alinhado”, ressalta.

Na temporada 2014/2015, o desafio das equipes é apresentar novas formas de aprendizagem. Para o professor do Instituto Federal do Paraná (IFPR) Marcos Laureano a expectativa é que surjam novas técnicas que podem, por exemplo, melhorar o desempenho de quem ensina. “É uma competição surpreendente. Esses meninos e meninas conseguem resolver problemas que muitas vezes nós adultos não teríamos uma solução”, enfatiza.

O professor, que é juiz de desafio e design de robô, também deu algumas dicas importantes para as equipes. Ouça clicando aqui.

NOVATO - Entre tantos juízes experientes, tem gente que vai participar pela primeira vez da competição de robótica. É o caso do estudante Gabriel Andrade de Souza, 20 anos, que está se formando em Ciência da Computação na Universidade de Brasília (UnB). “Não tem coisa que me deixa mais animado do que ver essa criançada se divertindo, programando e fazendo robôs”, afirma.

 

"Eu vi que a gente precisava fazer alguma coisa pela formação das crianças" - Antônio Conceição

Sobre a responsabilidade de julgar as equipes na prova de design de robô, Gabriel se diz ansioso. Mas, acima de tudo, quer ser surpreendido. “Esse torneio é uma ótima iniciativa. É muito bom ver as crianças curiosas com área de ciências, tão pouco aproveitada no Brasil. E sei que também vou aprender muito com elas”, finaliza.

VOLUNTÁRIOS – Experiente ou não, todos os juízes têm algo em comum: são voluntários. Dedicam finais de semana, às vezes longe de casa, da família e dos amigos só para participar da competição. Um deles é o empresário paulista do setor de automação Antônio Conceição que, desde 1998, faz parte do mundo da robótica.

Antônio conta que se interessou ainda mais pela área, justamente pela falta de mão de obra especializada em automação. Ele fala que viu na Robótica um grande incentivo a esse tipo de formação. Ouça clicando aqui.

O TORNEIO – A competição é uma iniciativa do grupo Lego, da Dinamarca, e da organização americana FIRST (For Inspiration and Recognition of Science and Technology). Criada em 1998, a disputa propõe que estudantes sejam apresentados ao mundo da ciência e da tecnologia de forma divertida, por meio da construção de robôs feitos inteiramente com peças de encaixe. As equipes podem se increver para participar das etapas regionais até o dia 10 de novembro. O Serviço Social da Indústria (SESI) é o operador oficial do Torneio de Robótica no Brasil.

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