Finep e BNDES lançam programa para inovar setor de mineração

Os investimentos, que somam R$ 1,2 bilhão, têm foco em alguns minerais estratégicos por conta de seu potencial tecnológico: nióbio, cobalto, grafita, terras raras

O lançamento do programa foi realizado no escritório da CNI, em São Paulo

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) anunciaram nesta sexta-feira (13) o programa Inova Mineral, que destinará R$ 1,2 bilhão para investimentos em inovação para o setor de mineração. Os recursos têm foco em alguns minerais estratégicos por conta de seu potencial tecnológico: nióbio, cobalto, grafita, terras raras.

O acordo de cooperação entre as duas instituições foi assinado pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e pelo diretor de Inovação da Finep, Victor Hugo Odorcyk, durante a reunião do Comitê de Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), realizada no escritório da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo.

O programa, apresentado aos 40 empresários durante o encontro, financiará projetos já em fase inicial para fortalecer a cadeia produtiva, principalmente as tecnológicas. O objetivo é propiciar o aumento da produtividade do setor. “A Petrobras, recentemente, conseguiu retirar do Pré-sal quase 900 mil barris de petróleo por dia. Isso tem a ver com tecnologia”, destacou.

Em junho, o edital, por meio do qual as instituições poderão acessar o financiamento, será colocado em consulta pública. Será uma oportunidade de aperfeiçoamento do documento, com a inclusão de novas linhas de financiamento ou ampliação dos minerais e tecnologias. O lançamento do edital está previsto para 1º de agosto deste ano.

NOVO GOVERNO – Um dos assuntos discutidos no encontro dos empresários, foi o esforço para a interlocução sobre os temas de inovação com o governo de Michel Temer. Nos últimos sete anos, a MEI tem sido a principal instância de diálogo entre os setores privado e público sobre as políticas para o setor.

Nesse sentido, uma das novidades apresentadas foi a criação de um observatório de inovação dentro da MEI, que tem entre seus objetivos o aprimoramento e avaliação das políticas para o setor. Outros desafios – ainda a serem discutidos com o Executivo Federal – permanecem antigos, como o priorizar a inovação em lócus estratégico, próximo à Presidência da República, por seu poder deliberativo.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirmou que, na próxima reunião, programada para daqui dois meses, serão convidados todos os novos ministros responsáveis pelas áreas que tenham interface com a inovação na indústria.

 

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