Antenado com a questão ambiental, Clóvis Cruz, aluno do SENAI de Estância Velha (RS), criou um biodigestor sustentável para curtumes que reduz o resíduo da produção de couro. Ao se decompor, esse material orgânico, chamado lodo, é usado para gerar biogás, que pode ser convertido em energia elétrica renovável e de baixo custo.
Dados do setor mostram que os 800 curtumes do Brasil produzem, por ano, 43 mil toneladas de lodo. Em média, o produtor gasta R$ 180 para depositar cada metro cúbico do produto em aterros sanitários. A implantação do biodigestor sai mais em conta (R$ 50 por m³ de lodo armazenado) e ainda pode reduzir em 20% o descarte dos rejeitos.
E mais: estudo feito pelo estudante em um curtume de médio porte da região, durante 20 dias, apontou a redução de 42 toneladas no volume de lodo produzido e uma geração de 220 mil quilowatts/hora, representando uma economia total de R$ 107,5 mil.
“Se todos os curtumes do Brasil usassem a tecnologia, gerariam, em um ano, 120 milhões de megawatts/hora. Toda Itaipu [hidrelétrica binacional Brasil-Paraguai] gera 100 milhões. Sem falar no ganho ambiental”, defende Clóvis.
Outros projetos na área de meio ambiente e sustentabilidade são: dispositivo de reciclagem de utensílios descartáveis, lixeira eletrônica interativa e equipamento compacto para secar as mãos que combina jato de ar e folha de papel (SP), uso de pó de rocha no tratamento de resíduo industrial (PR), revestimento plástico para piso e parede (MA) e certificação ambiental de edifícios (ES).