Diversificar a geração de energia deveria ser uma preocupação do governo federal, concluíram empresários brasileiros e alemães no workshop "Desafios no setor de energia", durante o 31º Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), nesta terça-feira (14), em São Paulo (SP).
A avaliação é que o modelo brasileiro de leilões de energia é eficiente para baixar preços, mas incentiva a concentração da matriz energética e aumenta os riscos de apagões. "O Brasil não pode correr o risco de blecaute na Copa de 2014", alertou o diretor de energia da SoWiTec Thomas Schulthess. As usinas hidrelétricas são responsáveis pela geração de mais de 75% da eletricidade do País, de acordo com o governo federal.
A solução passaria por incentivos do governo à produção de energia sustentável, estratégia que funciona na Alemanha. Após a tragédia na usina japonesa de Fukushima em 2010, o governo alemão se atentou para os riscos da concentração da produção de energia nuclear e mudou as diretrizes da geração elétrica no país. Desde então, incentiva investimentos em energia limpa.
A Alemanha consolidou a indústria de equipamentos para a geração eólica e empresas alemãs dominam 70% do mercado mundial, de acordo com Schulthess. "Nós temos a tecnologia e o Brasil precisa dessa tecnologia. Me parece a parceria perfeita", concluiu.
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