Sete projetos incríveis para conhecer no Seminário Internacional SESI de Educação

Os convidados irão apresentar iniciativas em diferentes estados do Brasil e no exterior que tornam o ensino mais inovador, digital, científico e inclusivo. Evento ocorre dia 4 de agosto no Rio de Janeiro

No dia 4 de agosto, o Serviço Social da Indústria (SESI) promove, em parceria com o Canal Futura, o Seminário Internacional SESI de Educação. O evento abre a programação do SESI Robotics International Open Brazil, torneio de robótica com a participação de mais de 120 equipes de 38 países.

O Píer Mauá, no Rio de Janeiro, das 14h30 às 18h30, será palco para especialistas da área de educação discutirem a importância e os meios de levar o pensamento crítico e a inovação para a sala de aula. Serão três painéis com debates e apresentação de cases nacionais e internacionais, que são a prova de que a educação está sim em evolução, e para melhor.

Saiba todos os detalhes do Seminário de Educação!

Separamos algumas iniciativas, lideradas por grandes nomes que estarão presentes e poderão contar como seus projetos têm transformado a vida de milhares de estudantes. É só um gostinho do que vem por aí:

Maria Felipa: a primeira escola antirracista do Brasil

Em homenagem a uma heroína pouco lembrada do processo de independência do Brasil na Bahia, a escolinha Maria Felipa é a primeira escola afro-brasileira e antirracista do Brasil. Localizada em Salvador, na Bahia, a instituição atende crianças do grupo 2 da educação infantil até o 2° ano do fundamental 1.

A professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Bárbara Carine Soares Pinheiro é idealizadora, sócia e consultora pedagógica da escola, com a qual pretende contribuir para a formação de outros docentes. Para difundir o modelo afroeducativo, eles oferecem cursos, vivências pedagógicas e consultorias. Bárbara Carine, que participa do primeiro debate do seminário internacional, também é autora dos livros “Descolonizando_Saberes. Mulheres Negras na Ciência” e “História Preta Das Coisas: 50 invenções científico-tecnológicas de pessoas negras".

Quer conhecer mais? Acesse a página no Instagram Descolonizando Saberes e o canal no Youtube Uma intelectual diferentona.

FA.VELA: inovação e tecnologia nas periferias

“Nosso corre é fortalecer a aprendizagem empreendedora e a transformação digital inclusiva da nossa comunidade”. Por trás desse lema estão a FA.VELA e o João Souza, cofundador do projeto que leva inovação, tecnologia e empreendedorismo para territórios vulneráveis, como favelas e periferias desde 2014. Além dos cursos, consultorias, oficinas e workshops, o grupo toca a aceleração de projetos e negócios.

Nesses anos, já alcançaram mais de 10.000 pessoas e tiveram mais de 600 empreendedores e 400 iniciativas aceleradas. O trabalho, realizado ao lado de empreendedoras e empreendedores negras (os), LGBTs e periféricas (os), rendeu a João reconhecimento da Ashoka, organização internacional sem fins lucrativos com foco em empreendedorismo social. Ele também é head na Futuros Inclusivos, que apoia organizações a serem mais diversas e plurais. 

Futuras Cientistas: por mais mulheres na ciência

A missão do Futuras Cientistas é clara: estimular o interesse e participação de mulheres professoras e estudantes, especialmente as da rede pública, nas áreas de ciência e tecnologia. O programa, do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), aposta na aproximação com outros centros tecnológicos e instituições de ensino e pesquisa para formar uma nova geração.

Quem está à frente do projeto é a diretora do Cetene, Giovanna Machado, uma das convidadas do primeiro debate do seminário, que vai abordar como a transdisciplinaridade de química, física, matemática e biologia pode estimular o pensamento científico e a inovação. Giovanna também é professora da Universidade de Caxias do Sul (UCS) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), além de membro titular da Academia Pernambucana de Ciências (APC).

Instituto Serrapilheira: fomento e capacitação fazem a diferença

A instituição tem feito um trabalho inédito no Brasil de fomento e divulgação da ciência, para valorizar e aumentar a visibilidade do tema. Tanto pesquisadores quanto jornalistas e profissionais de mídia já receberam apoio financeiro e de treinamento nas áreas de ciências naturais, ciência da computação, matemática e outras com viés científico. A diretora do Programa de Divulgação Científica do Instituto Serrapilheira, Natasha Felizi, participa do segundo debate. 

TLTL: o laboratório de educação 

A mudança radical do uso do STEM (acrônimo em inglês para ciência, tecnologia, engenharia e matemática) nas escolas como ferramenta de aprendizagem é a missão de pesquisadores da Universidade de Columbia, que opera o Transformative Learning Technologies Lab (TLTL). Uma das especialistas associadas ao TLTL, a mestre e doutoranda do departamento de sistemas eletrônicos da Universidade de São Paulo Cassia Fernandez estará presente na primeira mesa do seminário. Como extensão do trabalho de formação de professores e de reformulação de currículos realizado com o Lab de Columbia, ela é diretora e cofundadora do Ca.BR - Ciências da Aprendizagem Brasil, grupo de educadores brasileiros.

Água filtrada com semente de moringa

Já falamos desse projeto super premiado aqui!

Ana Luiza Oshiro, 17 anos, é estudante do 3º ano do ensino médio da escola SESI de Barreiras, na Bahia, e desenvolveu a solução junto com duas colegas, a Maria Eduarda Prates Brandão e a Sarah Fernandes de Oliveira. Elas criaram uma pastilha feita de sementes de moringa - planta muito comum na região - para filtrar água, e comprovaram sua eficácia por meio de testes físico-químicos e microbiológicos.

É ciência pura, com o potencial de melhorar a vida de milhões de brasileiros que não têm acesso à água potável! Ana Luiza vai representar o trio no segundo painel do seminário, ao lado de Fernando Moutinho, responsável pela Gerência de Educação Científica e Tecnológica do SESI-BA.

Exploratorium: um grande museu de novidades

Localizado em São Francisco, nos Estados Unidos, o museu de artes, ciência e tecnologia se consagrou como um centro de aprendizagem informal ao permitir aos visitantes experimentar, de forma interativa, conceitos de física, elétrica, mecânica, ótica, química e biologia. O diretor de Projetos do Exploratorium Museum, Owen Lawrence, é o responsável por elevar o nível dessas experiências, com sua expertise. Bacharel em Ciências Ambientais pela Michigan State University, ele tem MBA em Empreendimentos Sustentáveis ​​pela Dominican University e já exerceu a função de consultor ambiental e de sustentabilidade para clientes corporativos e governamentais. 

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