SENAI mobiliza esforços para recuperação de unidades e indústrias no RS

Enchentes afetaram mais de 20 mil estudantes e funcionários do SENAI. Durante 30 dias, 199 técnicos de diferentes unidades vão apoiar a manutenção e troca de equipamentos de escolas e indústrias

Unidades do SENAI-RS já estão mobilizadas e ganham reforço de técnicos de todo o país com força-tarefa nacional

Mais de um mês após o início das chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul, o estado ainda sente e contabiliza os efeitos da tragédia. Com 20,5 mil alunos e 283 funcionários impactados, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) do RS está coordenando uma força tarefa nacional para recuperar as escolas e as indústrias atingidas na região. 

Para isso, a instituição mobilizou 199 técnicos de diferentes Departamentos Regionais (DRs) que ficarão no estado por 30 dias. Também disponibilizou 16 unidades móveis para manutenção e apoio às pessoas que estão nos Centros de Atividades (CATs) do Serviço Social da Indústria (SESI), incluindo a produção local de alimentos, confecção e ajuste de roupas para a população local e voluntários, além de cursos rápidos para que possam reparar suas casas. 

Em todo o estado, 17 unidades do SENAI tiveram a infraestrutura atingida. Além da sede em Porto Alegre, uma faculdade, nove centros de formação profissional, dois postos de atendimento, três unidades móveis e um instituto de tecnologia na capital e nos municípios de Bom Princípio, São Sebastião do Caí, Novo Hamburgo, Igrejinha, Rolante e Rio Grande sofreram danos. 

Nessas unidades SENAI, 107 técnicos vão realizar a manutenção predial e da infraestrutura de Tecnologia da Informação (TI) e a recuperação de mobiliário e equipamentos. Outros 60 profissionais estarão em seis locais de atendimento em Canoas, São Leopoldo, Igrejinha, Garibaldi, Lajeado e Santa Cruz do Sul para apoiar na recuperação de máquinas e de equipamentos das indústrias das regiões mais atingidas: Serra, Metropolitana de Porto Alegre, Vale dos Sinos, Vale do Rio Pardo e Vale do Taquari.

A recuperação, neste caso, vai envolver atividades como limpeza fina das máquinas, troca de e peças, revisão de painéis elétricos, lubrificação e troca de óleo e testes de operação. Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), 47 mil do total de 51 mil indústrias do estado estão em municípios afetados pela tragédia – em estado de calamidade pública ou situação de emergência. 

A terceira frente de mobilização é com as 16 Unidades Móveis, sendo quatro de panificação/confeitaria, quatro de confecção/vestuário, quatro de gastronomia/alimentos e quatro de construção civil.  

As unidades móveis terão 32 técnicos para apoio às pessoas que estão nos CATs do SESI das cidades de Porto Alegre, São Leopoldo, Cachoeirinha e Guaíba. Uma das unidades ficará na Prefeitura de Porto Alegre. O objetivo também é a oferta de ações educativas às pessoas de forma habilitá-las a produzir alimentos como pães e bolos, realizar pequenos reparos elétricos e confeccionar ou ajustar roupas e agasalhos para a população e para os voluntários que estão dedicados à reconstrução das áreas afetadas.

O SESI também está cuidando da saúde das vítimas das enchentes por meio da oferta de telemedicina e do serviço SOS Psicossocial, que fornece suporte psicológico às vítimas.

Em Estrela, um dos municípios mais afetados, o SESI transformou sua estrutura em base aérea para o transporte de doações, medicamentos, pacientes e médicos. E o Exército Brasileiro montou um hospital de campanha no local.

Ao todo, 11 unidades do SESI estão servindo como abrigos de acolhimento e ponto de arrecadação de donativos.

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