A Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Serviço Social da Indústria (SESI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) criaram um núcleo especial de ações para arrecadar itens essenciais e coordenar doações da indústria para a população do Rio Grande do Sul, que enfrenta desde a semana passada a pior enchente de todos os tempos no estado. Coordenado pela CNI, o grupo instituiu três fases de ajuda: assistência inicial, ações de restabelecimento e ações de reconstrução.
O núcleo especial está atuando em parceria com as 27 federações estaduais da indústria e os departamentos regionais do SESI e do SENAI para coordenar várias formas de auxílio da indústria à população gaúcha, com o uso de recursos próprios e arrecadados junto às indústrias.
Representados pelos presidentes de federações estaduais da indústria, os departamentos regionais do SESI de todo o país aprovaram, em parceria com o Conselho Nacional do SESI, uma resolução que garante R$ 65 milhões para ajudar no enfrentamento à calamidade. Os recursos serão aplicados em ações de assistência em saúde, educação, reestabelecimento de serviços essenciais, reconstrução de estruturas, aquisição de suprimentos e materiais de divulgação de campanhas de doação para atender demandas emergenciais sob a coordenação do SESI-RS.
“É um momento de catástrofe. Infelizmente um novo normal diante dos extremos climáticos. A CNI e o SESI prestam desde o começo da enchente toda a solidariedade e apoio para amenizar o sofrimento da população do Rio Grande do Sul”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.
O setor industrial está mobilizado desde o começo da semana, junto à Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), para coordenar a arrecadação de doações, organizar de forma estratégica a logística de cada item a ser comprado e distribuído, além de dar apoio operacional e de acolhimento às pessoas desabrigadas e desassistidas no estado.
O SESI do Rio Grande do Sul já acolheu cerca de 5 mil desabrigados em 10 unidades espalhadas pelo estado. Além de oferecer abrigo, o SESI tem prestado assistência social, de saúde e de saúde mental, além de atividades recreativas e educacionais, acolhimento de animais de estimação e atendimentos em tendas e unidades móveis.
Em conjunto com a CNI, as federações estaduais da indústria e os departamentos regionais do SESI e do SENAI de todo o país já estão operando o envio dos donativos e recursos arrecadados. Paralelo a isso, e dado que a sede da FIERGS em Porto Alegre está isolada pela enchente, o grupo acionou o Departamento Regional de Santa Catarina – por ser o mais próximo geograficamente – para fazer compras de itens essenciais e enviar ao Rio Grande do Sul.
“O Sistema Industria tem desempenhado um papel importante no apoio a diversos serviços públicos e de acolhimento de pessoas desabrigadas. Essa é a vocação natural do SESI de apoio social. A solidariedade faz parte de nossa missão. Temos uma larga expertise de apoio a situações de desastres. Por isso, estamos mobilizados e fazendo ações de coordenação junto a diversas entidades para prestar assistência à população desabrigada e desassistida”, destaca Ricardo Alban.