Compre dos gaúchos! Saiba outras formas de ajudar o estado a se recuperar

Mais de 50 mil fábricas foram afetadas de alguma forma pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Impacto na economia é avassalador. Veja como você pode ajudar, além das doações!

As enchentes no RS obrigaram a vidraçaria Lajeadense a suspender parcialmente suas operações. A empresa existe desde 1958 em Laejado, uma das regiões mais afetadas pelas chuvas. Foto: divulgação/FIERGS

O impacto das enchentes na economia gaúcha ainda é incalculável, mesmo porque algumas regiões continuam alagadas e os danos não podem ser vistos, mas não há dúvidas de que o estado vai levar um longo tempo para se reerguer.

Seja no turismo, no comércio, nos serviços: todos os setores foram afetados em algum grau e é inevitável que alguns negócios tenham que fechar as portas e vários postos de trabalho se percam.

A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) estima que mais de 50 mil fábricas tenham sido prejudicadas em maior ou menor grau pelas chuvas. O número corresponde a mais de 86% do parque fabril de todo o estado.

Para quem assiste de longe é impossível não se comover. Após as primeiras notícias do desastre ambiental, uma enorme corrente de solidariedade se formou e as vítimas das enchentes tem recebido doações por várias frentes.

Mas sabia que existem mais formas de ajudar o estado a se reerguer? Uma delas é apoiando as indústrias locais! O movimento "compre de marcas gaúchas" tem crescido a cada dia nas redes sociais. Para te ajudar a conhecer algumas dessas empresas, a Agência de Notícias da Indústria preparou uma lista de produtos “made in RS” que você pode comprar em lojas online ou mesmo em supermercados. Confira!

Alimentos

Pirahy - No mercado desde 1975, essa indústria fabrica vários tipos de arroz. A sede fica em São Borja (RS), região que reúne as melhores condições climáticas para o cultivo do grão. As instalações da Pirahy foram fortemente impactadas pelas chuvas e a fábrica está operando com instabilidade. Ainda assim, a empresa destinou parte de seu estoque para as famílias desabrigadas por causa das enchentes.

Blue Ville - A fábrica funciona em Camquã (RS) desde 1983 e fabrica mais de 30 tipos de arroz, além de feijão.

Santa Clara - Em operação há 112 anos, é a cooperativa de laticínios mais antiga do Brasil. Fabrica queijos, iogurtes, requeijões, leites, bebidas lácteas e embutidos.

Isabela - Fundada em 1954, a marca teve seu nome em homenagem à ex-colônia italiana, Dona Isabel, que tempos depois, passou a ser o município de Bento Gonçalves (RS). Fabrica biscoitos, massas, torradas e farinhas.

Orquídea - Há mais de 70 anos, fabrica biscoitos, massas e farinhas, além de oferecer uma linha profissional para panificação.

Aida Gasperin - Desde 1922, a empresa fabrica embutidos em Bento Gonçalves (RS), na Serra Gaúcha, uma das regiões mais afetadas pelas chuvas.

Piá - Fundada em 1967 em Nova Petrópolis (RS), a fabricante de laticínios e geléias está atualmente em 85 municípios do país. A fábrica que fica em Porto Alegre está sendo usada como um ponto de coleta para donativos às vítimas das enchentes.

Bebidas

Fruki - A fábrica de água, refirgerantes, energéticos, cervejas e sucos existe de 1924 no Rio Grande do Sul. O parque industrial tem capaciade para 420 milhões de litros por ano. A matriz fica em Lajeado, uma das regiões mais afetadas pelas enchentes.

Bamboo - A fonte de água mineral fica na Serra Gaúcha, a 850m de altitude, na cidade de Antônio Prado. Lá uma hidromineradora é responsável por envasar a água mineral diretamente da fonte, por meio de um processo automatizado que ocorre sem o contato humano.

Produtos de limpeza

Girando Sol - A fábrica de produtos de limpeza, que nasceu em 1991 em Arroio do Meio (RS), hoje produz mais de 160 itens voltados à limpeza doméstica. As fortes chuvas destruíram duas pontes de ligação entre o município e o restante do estado, por isso a empresa está enfrentando dificuldades para receber matéria-prima e escoar a produção. Para ajudar na reconstrução da infraestrutura, a Girando Sol está arrecadando dinheiro por meio da campanha Juntos pela Ponte. Saiba mais pelo Instagram da empresa. Mesmo com os enormes desafios enfrentados, a fabricante doou mais de 65 mil litros de produtos de limpeza às famílias afetadas.

Gota Limpa - A marca de produtos de limpeza existe há 55 anos e conta com mais de 200 itens. A fábrica, que fica em Porto Alegre, precisou suspender totalmente as operações e está retomando as operações aos poucos.

Vestuário, calçados e acessórios

Yamis - A marca gaúcha de mochilas de maternidade, necessaires e outros acessórios infantis é de Porto Alegre e, apesar de não ter tido suas instalações inundadas, precisou reorganizar a logística para conseguir continuar entregando os produtos comprados pela internet. Além disso, as duas sócias do negócio estão arrecadando dinheiro e donativos para o público infantil.

Dakota - A famosa indústria de calçados gaúcha também foi afetada pelas enchentes e está apoiando a campanha Movimento Próximos Passos RS, para arrecadar recursos para reerguer a cadeia calçadista do estado, incluindo 120 mil trabalhadores diretos de 3 mil empresas. Saiba mais pelo Instragram da marca.

Biamar - Há mais de 30 anos no mercado, a marca de roupas de inverno não foi diretamente afetada pelas enchentes, mas está com os prazos de entrega prejudicados e está doando cobertores às famílias desalojadas.

A empresa Biamar está produzindo e doando 1.000 cobertores por semana para as famílias desalojadas. Foto: reprodução/Biamar

Atelie Boldo - A pequena empresa de moda consciente existe desde 2015 e fabrica peças com tecidos que sobram da produção industrial. Para superar o momento de baixa nas vendas está vendendo rifas solidárias.

Chica Bolacha - A marca de roupas plus size conseguiu salvar o estoque, mas está passando por um momento de estagnação nas vendas. Para manter o negócio, colocou todas as peças em promoção no site e também está vendendo rifas solidárias.

Vinhos

O Rio Grande do Sul é o maior produtor de vinhos do país. As principais vinícolas do estado estão concentradas na região da Serra Gaúcha, como Bento Gonçalves, Pinto Bandeira, Garibaldi e Farroupilha, que foram fortemente castigadas pelas chuvas. Nos cálculos da Emater-RS, pelo menos 500 hectares de plantações foram destruídos, o equivalente a 463 campos de futebol. Para enfrentar a difícil situação, os empresários estão fazendo rifas, campanhas solidárias e arrecadando donativos para as vítimas. Conheça abaixo algumas vinícolas gaúchas que você pode apoiar!

Casa Venturini - A vinícola fica no interior de Flores da Cunha, na Serra Gaúcha. Em solidariedade às vítimas das enchentes, a empresa está destinando 100% do valor arrecadado com uma degustação para a compra de materiais de higiene e limpeza.

Casa Perini - A vinícola produz vinhos, espumantes e sucos de uva desde 1929.

Casa Valduga - A empresa existe desde 1875 e fabrica várias bebidas feitas a partir da uva, como vinhos, espumantes, licores e sucos.

Cavas do Vale - A família Brandelli cultiva uvas dos tipos Cabernet Sauvignon, Merlot e Tannat no Vale dos Vinhedos.

Garibaldi - A cooperativa existe há mais de 90 anos. Hoje, 450 cooperados espalhados em 18 municípios cuidam de 1,2 mil hectares de vinhedos que rendem, todo ano, uma safra média de 30 milhões de quilos.

Miolo - Desde 1989, a Miolo fabrica vinhos, espumantes, frisantes e sucos de uva em quatro regiões da Serra Gaúcha.

Salton - Formalmente constituída em 1910, a empresa é famosa pelos espumantes, mas também fabrica vinhos, frisantes, sucos, chás e destilados.

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